O tenista sérvio Novak Djokovic quebrou o silêncio sobre o episódio que protagonizou antes do Open da Austrália, quando tentou entrar no país sem estar vacinado, com os acontecimentos a culminarem com a sua deportação por problemas com o seu visto e por ser considerado um perigo para a saúde pública na Austrália.
Em entrevista à BBC, Djokovic mostrou-se firme na ideia de não se vacinar, apesar das exigências de inúmeros torneios, e afirma que está disposto a abrir mão desses eventos por esse motivo. "Eu poderei desistir de torneios que me obrigam a mudar minha posição sobre a vacina. É um preço que estou disposto a pagar"
Questionado diretamente sobre se estaria preparado para perder o Open de França (Roland Garros) em maio, garantiu e faltar a Wimbledon, semanas depois, respondeu simplesmente: "Sim".
O sérvio também quis esclarecer que o facto de não querer ser vacinado não significa que se oponha à vacinação globalmente. "Nunca fui contra a vacinação, mas sempre defendi a liberdade de decidir o que cada um coloca no seu corpo", sublinhou.
Djokovic, que também afirmou que espera "poder jogar por muitos mais anos" apesar da incerteza sobre os torneios que exigem que seja vacinado, confessou ainda o motivo da sua posição em não ser vacinado. "Os princípios da minha decisão são baseados no facto de que o meu corpo é mais importante do que qualquer título. Eu tento estar em sintonia com meu corpo o mais que posso", reforçou.
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