
O português Jaime Faria vai juntar-se ao compatriota Nuno Borges e ao brasileiro João Fonseca no quadro principal do Estoril Open, este ano um torneio de categoria 175 do ATP Challenger Tour, graças ao ‘wild card’ anunciado hoje pela organização.
A lista de inscritos foi revelada hoje, na Nova SBE, em Carcavelos, pelo diretor do torneio, João Zilhão, que disse ter decidido entregar o primeiro convite para o quadro principal do torneio, agendado para o Clube de Ténis do Estoril, entre 26 de abril e 04 de maio, a Jaime Faria, que em 2024 jogou a fase de qualificação antes de ser travado na primeira ronda.
O jovem lisboeta, de 21 anos, protagonizou um início de temporada auspicioso, com a presença na segunda ronda no Open da Austrália, no qual ganhou um set ao sérvio Novak Djokovic, quartos de final no ATP 500 do Rio de Janeiro e no ATP 250 de Santiago do Chile, bem como a estreia no top 100 do ranking ATP.
Contudo, no final da digressão pela América do Sul uma lesão no pé esquerdo que o obrigou a parar, há cerca de um mês e meio. Apesar de só estar previsto regressar aos treinos em ‘court’ esta semana, o diretor do Estoril Open está confiante na plena recuperação do jovem jogador que “merece o ‘wild card’”.
“Falei com a equipa dele e ele diz que vai estar bem para jogar. Pelo ranking e, por tudo, o que fez é mais do que merecido. Não hesitei nem por um segundo em dar-lhe o ‘wild card’. Ele estava inscrito, mas não entrou porque o quadro está fortíssimo, fechou no número 83 do mundo, e merece. Não há muitos jogadores a subir 400 lugares no ranking, como ele subiu no ano passado, e é claramente o segundo melhor português da atualidade e um jogador extraordinário”, justificou João Zilhão.
Já Jaime Faria, atualmente na 99.ª posição na hierarquia ATP, garante estar “melhor, diria que quase a 100%, como dizia o Ronaldo há uns anos a 99,9 %”, e em franca recuperação para voltar à competição no Masters 1.000 de Madrid.
“O objetivo era jogar o Oeiras Open [na próxima semana], o que poderá ser complicado, mas o Masters 1.000 de Madrid é quase certo. E jogando em Madrid, jogo o Estoril Open”, sublinha o tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, lembrando que, este ano, o Estoril Open “tem uma nova categoria.”
“Diria mais acessível para o meu nível. Sinto-me bem e tenho boas perspetivas. Tenho dois títulos de torneios challenger, já fiz outra final, vou jogar pela primeira vez um 175 e espero dar-me bem e fazer um bom torneio”, frisou.
Ao contrário de Faria, Nuno Borges, número um nacional e 43 do mundo, João Fonseca (59.º ATP), campeão do ATP 250 de Buenos Aires, o japonês Kei Nishikori, vice-campeão do Open dos Estados Unidos em 2014, o norte-americano Alex Michelsen (37.º ATP), o argentino Tomas Etcheverry (46.º ATP), o sérvio Miomir Kecmanovic e o espanhol Pedro Martínez, finalistas no pó de tijolo português em 2023 e 2024, respetivamente, asseguraram a entrada direta no quadro principal do Estoril Open, que no próximo ano volta a recuperar a categoria 250 do ATP Tour.
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