Priscila Heldes é um dos nomes mais falados no Brasil na atualidade desportiva, e não só. A voleibolista do Fluminense entrou em campo grávida de seis meses e fez levantar o debate sobre o tema da gravidez no desporto.

Aos 33 anos e à espera do primeiro filho, Priscila defendeu as cores do Fluminense nos quartos de final da Superliga brasileira de voleibol. Apesar da derrota do Flu por 1-3 diante do Sesi Bauru, os holofotes centraram-se na jogadora que decidiu entrar na quadra, grávida de seis meses.

Nas redes sociais, a coragem da capitã do Fluminense está a ser elogiada, mas há quem não concorda.

"Falta uma semana para completar os seis meses de gravidez. É muito especial pode viver este momento com o meu filho", começou por dizer, citado pelo 'Globo Esporte'.

"Há coisas que não posso fazer, mas só terei de ter mais cuidado, como não cair de cara para baixo, de resto, tudo normal. Faço desporto há muito tempo, não é algo que tenha começado a fazer depois da gravidez", lembrou.

A voleibolista de 33 anos só entrou em campo após autorização medida. Sabendo que "há coisas que não pode fazer", Priscila não entende toda a polémica à volta da sua decisão em jogar. Algumas pessoas comentaram que ela estaria a colocar a vida da criança em risco, já que há sempre o perigo de ser atingida na barriga com uma bola ou mesmo cair na quadra.

"Espantei-me um pouco com a repercussão, até porque quem acompanha o vólei já sabia que eu estive ativa durante toda a gestação, mas, neste último jogo, contra o Sesi Bauru, estourei a bolha. A repercussão enorme deixou-me um pouco assustada. A preocupação das pessoas era que eu levasse uma bolada na barriga ou caísse de barriga para baixo. Eu tenho uma criança aqui dentro, eu controlo todos os meus movimentos", garantiu, antes de deixar uma posição forte.

"Precisamos de quebrar esse tabu e entender que a gestação não vai acabar com a nossa profissão ou carreira. Os clubes, agora, podem dar um suporte maior às atletas e avaliar se a jogadores está saudável, e, claro, com suporte médico e psicológico. Toda a mulher que decide ter uma gestação ativa, infelizmente, sofre críticas. Ainda existe a mentalidade de que a gravidez é sinónimo de repouso", lamentou.

Depois do jogo, Priscila foi até as redes sociais falar do momento.

"Não sou a primeira que continua a trabalhar durante a gravidez, nem serei a última, e isso é maravilhoso. Que tu, mulher, nunca duvides que podes chegar muito mais longe do que possas imaginar e alcançar coisas incríveis", escreveu .