O português Nelson Oliveira, que arrecadou hoje a medalha de prata no contrarrelógio individual de ciclismo de estrada nos II Jogos Europeus, em Minsk, assumiu a felicidade com o seu desempenho e com o resultado.
"Estou bastante satisfeito. É óbvio que um primeiro lugar seria bastante melhor, mas um segundo é sempre melhor do que um terceiro. Estava perante um ciclista que já foi campeão do mundo (Vasil Kiryienka), a correr em sua casa, e isso é uma motivação extra. Mas estou contente com a minha prestação. São provas sempre duras e é um esforço individual bastante duro - provavelmente um dos esforços mais duros do ciclismo é o contrarrelógio -, mas estou bastante satisfeito por poder dar uma medalha a Portugal e isso é que é importante", lançou aos jornalistas no final da prova.
Nelson Oliveira, de 30 anos, cumpriu os 28,6 quilómetros do ‘crono’ em 33.31 minutos, mais 28 segundos do que Kiryienka, enquanto o checo Jan Barta terminou no terceiro posto, em 33.40.
"Subir a bandeira a um lugar do pódio é sempre bom. É gratificante e penso que Portugal está contente com esta medalha. Todos queriam a de ouro, mas isso hoje não foi possível porque havia um corredor melhor do que eu, o Vasil Kiryienka - parabéns a ele -, e vou continuar a lutar para ver se um dia chego ao lugar mais alto do pódio", realçou o corredor luso.
E acrescentou: "Dá-me motivação para continuar a trabalhar ainda mais, porque as coisas têm estado sempre à porta e há momentos em que parece que não saem, mas nunca perdi a esperança e vou continuar a trabalhar para que as coisas sigam bastante melhores".
Questionado sobre se já está assegurada a sua presença na Volta a França, o ciclista disse que não e que ainda está à espera de confirmação da sua equipa (Movistar), mas confessou que tem esperança de ser convocado, sobretudo, depois desta boa prestação.
"Vamos esperar até à próxima segunda-feira, que será provavelmente quando eles dão a notícia", afirmou.
Olhando para a frente, Nelson Oliveira está já focado nos Nacionais do próximo fim de semana, em Melgaço, onde vai correr apenas na prova de estrada e não no contrarrelógio, devido à falta de tempo para preparar essa corrida.
"Prefiro descansar e focar-me mais na prova de estrada", justificou.
O corredor natural de Anadia, que já tinha sido 10.º na prova de fundo em Minsk, tem no seu historial no contrarrelógio o quarto lugar nos Mundiais de 2017, o sétimo nos Jogos Olímpicos Rio2016 e um terceiro posto num 'crono' da Volta a França em 2016.
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