Em 22 de agosto foi promulgada uma nova lei de 35 artigos que visa "promover a virtude e prevenir o vício" e que, na prática, aplica novas restrições às mulheres, mas que também atinge os homens, agora impedidos de usar calções acima dos joelhos.
O pedido desta organização não-governamental que zela pelos Direitos Humanos coincide com a reunião do comité executivo do COI que hoje decorre na Suíça.
Após a tomada de Cabul pelos talibãs, as mais altas instâncias do desporto mundial manifestaram preocupações especiais com as mulheres, considerando que estas podem estar ameaçadas pelo regime.
Na terça-feira, os talibãs anunciaram um Governo provisório totalmente masculino para o Afeganistão, com veteranos da sua linha dura, que governou o país entre 1996 e 2001, e da luta de 20 anos contra a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que terminou em agosto.
O novo governo interino do Afeganistão, liderado pelos Talibãs, entrou recentemente em funções e uma das primeiras medidas passará por excluir as mulheres da prática desportiva susceptível de descobrir o corpo ou rosto.
Dezenas de futebolistas afegãs conseguiram fugir no passado dia 24 de agosto, com o apoio do governo da Austrália, mas muitas permanecem no país, escondidas dos talibãs.
Os dois atletas paralímpicos afegãos que não tinham conseguido deslocar-se para Tóquio face à conquista de Cabul por parte dos talibãs, chegaram hoje a solo nipónico para participar nos Jogos, anunciou o Comité Paralímpico Internacional (CIP).
"O sol, quando nasce, é para todos". É uma frase popularmente conhecida de incentivo para os que acreditam que as oportunidades são iguais para todos. Mas, e se tivéssemos nascido em Cabul, no Afeganistão?
Atleta de taekwondo seria a primeira mulher paralímpica a representar o Afeganistão, mas não conseguiu viajar para Tóquio. Ainda assim, faz um apelo para que a ajudem a sair do país.
A basquetebolista paralímpica, de cadeira de rodas, é capitã da seleção do Afeganistão, estudante de direito e uma defensora dos direitos das mulheres.
Com a entradas dos talibãs, prevê-se que as mulheres percam os direitos adquiridos e sejam proibidas de frequentar a escola, sejam obrigadas a andar de burka e impedidas de sair à rua sem um companheiro.
Farid Walizadeh vive no Centro de Rendimento do Jamor, em Lisboa, mas nos últimos dias o seu pensamento está longe. O refugiado afegão chegou sozinho a Portugal, tendo atravessado o Paquistão, Irão e Turquia
Receba gratuitamente os alertas com as melhores notícias do desporto. Envie SMS com "Sports Entrar" para o número 4883. Para sair faça a gestão aqui. Serviço exclusivo clientes MEO.