A tenista romena Simona Halep, que está provisoriamente suspensa desde outubro de 2022, por ter testado positivo para uma substância proibida, foi hoje acusada de uma "violação adicional" devido a anomalias no passaporte biológico.
Depois de ter testado positivo ao medicamento Roxadustat no Open dos Estados Unidos, em agosto de 2022, a jogadora romena foi agora visada pela Agência Internacional de Integridade do Ténis (ITIA), que aponta a um “resultado adverso” no passaporte biológico, baseada na avaliação do perfil de Halep por um painel de especialistas independentes.
"Entendemos que o anúncio de hoje adiciona complexidade a uma situação que já é altamente mediática. Desde o início deste processo, e todos os outros na ITIA, continuamos comprometidos em envolver-nos com a Sra. Halep de maneira empática, eficiente e oportuna", assinala a diretora de antidoping do organismo.
Nicole Sapstead mostrou-se “ciente do grande interesse que esses casos despertam nos media”, mas considerou que “eria inadequado comentar especificamente este processo até à sua conclusão".
A antiga líder do ranking mundial, e campeã em Roland Garros (2018) e Wimbledon (2019), deu positivo a Roxadustat, medicamento que estimula a produção de glóbulos vermelhos, habitualmente utilizado no tratamento de problemas renais e que integra a lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA), na sequência de um controlo efetuado durante o US Open de 2022.
O processo de inquérito corre por conta das autoridades do ténis, mas qualquer decisão será passível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), tanto pela atleta como pela AMA.
“Vou bater-me até ao fim para provar que nunca tomei, conscientemente, qualquer substância proibida e estou certa que, mais tarde ou mais cedo, a verdade será conhecida”, advertiu então Halep, que hoje voltou a dizer sentir-se perseguida.
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