A tenista Iga Swiatek mostrou-se hoje satisfeita por a Agência Mundial Antidopagem (AMA) ter decidido não recorrer da sua suspensão de um mês, devido a um positivo por trimetazidina, dizendo-se preparada para virar a página.

“Simplesmente, estou satisfeita por, de alguma forma, encerrar este capítulo […] e poder seguir em frente”, declarou a número dois mundial, após garantir a presença nos quartos de final do Open da Austrália.

A AMA anunciou hoje que não vai recorrer da suspensão de um mês da polaca, sancionada por um controlo antidoping positivo a trimetazidina em agosto de 2024.

“A AMA confirma que, após uma análise minuciosa, não vai recorrer ao TAS no caso da tenista polaca Iga Swiatek, que testou positivo por trimetazidina, uma substância proibida, em agosto de 2024”, lê-se em comunicado do organismo antidopagem.

Os peritos científicos da AMA consideraram que a justificação apresentada pela tenista de 23 anos e aceite pela Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA, nas siglas em inglês), uma contaminação médica, era “plausível”, não existindo assim “bases científicas” para contestar a suspensão no TAS.

A vencedora de cinco torneios do Grand Slam teve um controlo positivo fora de competição em agosto, mas defendeu que não utilizou a substância proibida, usada para o tratamento de problemas cardíacos, e que o resultado anómalo se deveu à contaminação de um medicamento sem prescrição, a melatonina, ao qual recorreu para combater problemas que estava a ter para dormir.

A ITIA aceitou a justificação da antiga líder do ranking mundial e suspendeu a polaca por apenas um mês, por considerar que o seu nível de culpa era muito baixo.

Swiatek, atual tricampeã de Roland Garros, torneio que venceu também em 2020, garantiu não ter sentido qualquer diferença de tratamento por parte do público em Melbourne, nem nos balneários.

“Estou contente porque as pessoas compreendem”, acrescentou.

A campeã da edição de 2022 do Open dos Estados Unidos tinha sido suspensa preventivamente de 22 de setembro a 04 de outubro, falhando os torneios de Seul, Pequim e Wuhan.

A decisão da AMA no caso de Swiatek contrasta com a que tomou quanto a Jannik Sinner, o número um masculino, que em março deu positivo duas vezes por clostebol, um esteroide anabolizante proibido e também foi ilibado pela ITIA.

No caso do italiano, o organismo antidopagem recorreu ao TAS por estimar que essa conclusão “não é correta de acordo com as normas aplicáveis”, pelo que solicita “um período de suspensão de entre um a dois anos” para Sinner, mas não “a desclassificação de quaisquer resultados” além dos que já foram determinados pela ITIA.