A tenista bielorrussa Aryna Sabalenka garantiu hoje ser contra a guerra na Ucrânia e o apoio do seu país à invasão russa, mas defendeu que não quer que o desporto seja associado à política.
Depois de não ter comparecido a duas conferências de imprensa, a número dois mundial demarcou-se hoje do conflito na Ucrânia, após ter derrotado a ucraniana Elena Svitolina, que não a cumprimentou no final do encontro dos quartos de final de Roland Garros.
"Não apoio esta guerra, não quero que o meu país esteja implicado em nenhum conflito. Já é conhecida a minha posição, já o disse muitas vezes. Mas também não quero que o desporto esteja ligado à política", afirmou.
Assegurando que não apoiar a guerra é não apoiar Aleksandr Lukatchenko, Sabalenka reconheceu que tirou muitas fotografias com o presidente da Bielorrússia, explicando o contexto.
"Naqueles momentos não havia nada de mal na Bielorrússia, nem na Ucrânia, nem na Rússia", referiu.
Svitolina tinha acusado Sabalenka de incendiar os ânimos ao esperar por ela na rede no final do encontro para a cumprimentar, mesmo sabendo que a ucraniana tem evitado saudar as adversárias russas e bielorrussas.
A ucraniana, que foi assobiada por alguma parte do público, disse acreditar que Sabalenka ficou na rede para incendiar a situação.
“A minha reação inicial foi: ‘o que estás a fazer?’. Porque em todas as minhas conferências tornei a minha posição clara”, referiu Svitolina.
Sabalenka defendeu-se da acusação, dizendo que foi à rede apenas por instinto.
A número dois mundial qualificou-se pela primeira vez para as meias-finais de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, ao vencer Svitolina.
A campeã do Open da Austrália de 2023 afastou a ucraniana, atualmente no posto 192 do ranking mundial, por 6-4 e 6-4, em uma hora e 36 minutos.
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