José Mourinho é o único treinador português que disputou finais europeias em equipas estrangeiras, algo que Ruben Amorim igualará na quarta-feira, quando o Manchester United disputar o título da Liga Europa de futebol com o Tottenham.

Dos 10 técnicos portugueses que chegaram ao jogo decisivo em provas continentais (Ruben Amorim será o 11.º), apenas José Mourinho o fez em representação de clubes de outros países, e logo em seis ocasiões, tendo erguido o troféu três delas.

Após ter conquistado dois títulos no FC Porto (Liga Europa, em 2002/03, e Liga dos Campeões, na época seguinte), José Mourinho voltou a estar presente na partida mais aguardada da temporada em 2009/10 e o desfecho foi o mesmo: a vitória na Liga dos Campeões, no comando dos italianos do Inter de Milão.

O atual treinador do Fenerbahçe não conseguiu vencer novamente a prova mais importante da UEFA, mas engrandeceu o currículo com as conquistas da Liga Europa, na liderança de uma equipa inglesa, precisamente, o Manchester United, em 2016/17, e da Liga Conferência, em nova passagem por Itália, na Roma, em 2021/22.

José Mourinho não foi tão feliz no ano seguinte, quando saiu derrotado na final da Liga Europa de 2022/23, ainda como técnico dos romanos, tal como tinha acontecido por duas vezes no jogo de atribuição da Supertaça europeia, em 2013, na segunda passagem pelos ingleses do Chelsea, e em 2017, nos ‘red devils’.

Todos os outros nove treinadores portugueses que chegaram ao jogo decisivo, fizeram-no ao serviço de clubes nacionais, o primeiro dos quais foi Anselmo Fernández, na longínqua época de 1963/64, na Taça das Taças, conquistada pelo Sporting.

Além de José Mourinho, apenas Jorge Jesus repetiu a presença em finais, como técnico do Benfica e sempre na Liga Europa, apesar de ter perdido ambas, perante o Chelsea, em 2012/13, e o Sevilha, na época seguinte, com Ruben Amorim, então jogador dos ‘encarnados’, a ser totalista.

Tal como Jorge Jesus, também José Peseiro falhou a conquista para o Sporting da segunda prova continental, então denominada Taça UEFA, em 2004/05, com a agravante de o encontro ter sido disputado em pleno estádio José Alvalade.

André Villas-Boas foi mais feliz no FC Porto em 2010/11, embora a conquista da segunda Liga Europa pelos ‘dragões’ tenha significado que o Sporting de Braga, orientado por Domingos Paciência, passou ao lado do primeiro troféu, na única final disputada entre dois clubes nacionais.

Artur Jorge foi o primeiro a disputar – e ganhar – a joia da coroa da UEFA, a Taça dos Campeões, antecessora da Liga dos Campeões, em 1986/87, que foi também uma estreia para o FC Porto, algo que Toni não conseguiu igualar na época imediata, na liderança técnica do Benfica.

Outros dois treinadores do FC Porto não foram tão eficazes quando Artur Jorge: António Morais baqueou na final da extinta Taça das Taças de 1983/84 e Vítor Pereira falhou em 2011 a conquista da Supertaça europeia, que continua sem ter sido levantada por qualquer técnico luso, pois José Mourinho também perdeu em 2003, igualmente na equipa portuense.