A Sky teve hoje um dia perfeito na Volta ao Algarve em bicicleta, com o polaco Michael Kwiatkowski a vencer no Alto da Fóia, no final da segunda etapa, ‘oferecendo’ a liderança ao britânico Geraint Thomas.
Poucas horas depois de o holandês Wout Poels ter vencido a segunda tirada e subido à liderança da Volta à Andaluzia, os colegas da Sky imitaram-no e Kwiatkowski impôs-se a um grupo ainda bastante alargado que chegou à Fóia, em Monchique, concluindo em 4:49.51 horas os 187,9 quilómetros da tirada, que se iniciou em Sagres.
“É bom conseguir esta vitória, em especial quando ouvimos no rádio sobre Poels, foi uma motivação extra”, disse o polaco, vencedor da ‘Algarvia’ em 2014 e que hoje bateu sobre a meta o holandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo) e Thomas.
Quando começou a subida em Monchique, a Sky fez ‘implodir’ o pelotão e começou a jogar várias cartadas para tentar a liderança, a primeira, a menos de oito quilómetros da meta, pelo bielorrusso Vasil Kiryienka, que parecia lançado para a vitória, mas foi apanhado pelo grupo perseguidor já dentro dos dois quilómetros finais.
Sem que ninguém se conseguisse isolar depois do campeão do mundo de contrarrelógio em 2015, foi Kwiatkowski o mais forte na subida final, mas, apesar de ter o mesmo tempo de Geraint Thomas, foi o vencedor da Volta ao Algarve em 2015 e 2016 a vestir a camisola amarela, devido à classificação por pontos.
“Temos uma excelente equipa aqui e tentámos correr de forma diferente, todos tiveram a sua hipótese. O Kenny [Elissonde], o Kiryienka, eu e o Kwiatkowski mantivemo-nos [na frente] e fizemos o que podíamos. Foi ótimo que o Kwiatkowski ganhasse a etapa e eu fosse terceiro. Foi um bom dia”, disse Thomas, que assumiu ser “uma surpresa” estar na liderança.
Para a terceira etapa, um contrarrelógio de 20,3 quilómetros em Lagoa, Thomas parte com o mesmo tempo do espanhol Jaime Roson (Movistar), de Kwiatkowski e do irlandês Daniel Martin (UAE Emirates).
O espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano) foi o melhor das equipas portuguesas, na nona posição, a três segundos da liderança, menos três segundos do que o melhor português, Joaquim Silva (Caja Rural), enquanto Nelson Oliveira (Movistar), especialista em contrarrelógio, a perder apenas 10 segundos.
Muito antes da chegada à Fóia formou-se a fuga do dia, logo aos 11 quilómetros, com um grupo de sete homens, entre os quais três elementos de equipas portuguesas: os espanhóis Marcos Jurado (Efapel) e Oscar Pelegri (Rádio Popular-Boavista) e o português Ricardo Mestre (W52-FC Porto).
Também na fuga estavam o austríaco Lukas Postlberger (Bora-hansgrohe), o belga Yves Lampaert (Quick-Step Floors), o alemão John Degenkolb (Trek-Segafredo) e o norte-americano Benjamin King (Team Dimension Data), um dos grandes animadores da tirada.
King garantiu a presença no pódio no Alto da Fóia, depois de passar na frente nas quatro contagens do dia – Monte Ruivo (quarta categoria aos 50,8 quilómetros), Marmelete (terceira aos71,2), Alferce (terceira aos 80,9) e Sapeira (terceira aos 123,4) –, ‘roubando’ a camisola de rei da montanha ao português João Rodrigues (W52-FC Porto).
Com a BMC Racing Team e a UAE Emirates na frente do pelotão, a diferença dos fugitivos para o pelotão foi caindo, até os últimos sobreviventes – King e Postlberger – serem apanhados a nove quilómetros do final, quando a Sky tomou conta da corrida.
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