Rui Vinhas pode estar em 'maus lençóis' e tem a participação na Volta a Porrtugal em risco. O ciclista da W52-FC Porto teve um controlo positivo na Volta a Portugal de 2018. A notícia é do jornal Record, na sua edição desta terça-feira.
Escreve o matutino desportivo que Rui Vinhas acusou positivo num controle antidoping, dois dias depois da etapa da Senhora da Graça. O ciclista da equipa portista acusou o consumo de Betametasona, um anti-inflamatório, a mesma substância que afastou César Fonte, também da W52-FC Porto, da competição, num processo que está na sua fase final.
Diz o Record que, tal como César Fonte, Rui Vinhas deverá ser ilibado, uma vez que a substância em causa, se usado com justificação, pode ilibar o atleta. Só que o inquérito poderá não ficar concluído antes do início da Volta a Portugal de 2019, pelo que a participação do atleta na prova esta em risco. Rui Vinhas venceu a Volta a Portugal em bicicleta em 2016.
Apesar de não estar suspenso, este processo irritou o ciclista da W52-FC Porto. "Notificaram-me no Dia do Pai, vai ficar marcado na minha memória, depois de tudo o que passei naquela Volta, naquele dia e naquela queda", sublinhou, ao Record.
Rui Vinhas referia-se ao dia em que protagonizou um ato heróico, ao continuar em prova para ajudar o seu colega de equipa, Raul Alcarcón, a vencer a prova, depois de ter sido vítima de uma violenta queda. Foi depois da queda que foi submetido a um controle antidoping. Para o ciclista da equipa do FC Porto, este processo é uma perseguição.
"A UCI [n.d.r. União Ciclista Internacional] já me tinha pedido esclarecimentos sobre a queda, os tratamentos, e os esclarecimentos foram logo dados. Estava tudo bem, agora alguém em Portugal quer implicar comigo, andar a perseguir a nossa equipa só porque subimos de escalão", disse, ao Record.
Em 2013, Alejandro Marque também acusou a mesma substância na Volta a Portugal que venceu mas acabou ilibado, quase um ano depois, pela Real Federação Espanhola de Ciclismo.
A Betametasona é um medicamento com ação anti-inflamatória.
Comentários