O português Rui Oliveira pediu hoje que não deixem cair a onda do ciclismo de pista, depois de se ter sagrado campeão olímpico de madison, ao lado de Iúri Leitão, a segunda da modalidade em Paris2024.
“Eu só apelo, por favor, que não olhem para o ciclismo de pista só daqui a quatro anos. Por favor, sigam-nos, apoiem-nos”, pediu, lembrando que o projeto do ciclismo de pista começou há cerca de 15 anos, com a construção do velódromo de Sangalhos.
Por isso, Rui Oliveira pede o apoio de todos, porque se conseguiram fazer isto com 14 anos de ciclismo de pista, muito mais pode acontecer com mais condições.
“Passámos momentos muito difíceis que poucas pessoas sabem, mas tentem saber a nossa história, tentem saber o que passámos. Não deixem esta onda cair”, salientou.
Rui Oliveira lembrou ainda o seu irmão Ivo, assim como os outros elementos da seleção portuguesa de pista, como João Matias, Diogo Narciso, César Martingil, Maria Martins e Daniela Campos, além do selecionador Gabriel Mendes e outros elementos da estrutura.
“Ele [Ivo Oliveira] também devia estar aqui e eu só tenho orgulho de estar a representá-lo a ele e à seleção da melhor maneira. Houve alguns momentos que eu pensei em não vir aos Jogos e dar o lugar ao meu irmão Ivo, porque ele passou muitos momentos difíceis, se calhar mais do que eu, nestes últimos anos”, referiu.
Assumindo ter passado por alguns momentos maus nas últimas semanas, Rui Oliveira disse que “sabia que tinha de ser mais forte” e representar o irmão “da melhor maneira”.
“Ele não podia vir, mas eu sabia que ele queria que eu desse o melhor de mim. E tenho muito orgulho de ter feito esta corrida com o Iúri, porque é o melhor ciclista na pista”, afirmou, considerando este “um momento que fica para a história”.
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