A surfista portuguesa Yolanda Hopkins lamentou hoje os erros que redundaram na eliminação nos oitavos de final da prova feminina dos Jogos Olímpicos Paris2024 e assumiu ter sofrido “uma das derrotas mais difíceis de sempre” perante Brisa Hennessy.
“Tinha um plano e ia tentar dar o meu máximo. Comecei logo com um 6 e um backup de 3, num total que me garantia a passagem em quase todos os heats desta ronda. Infelizmente, cometi um erro ou dois na minha estratégia”, disse Hopkins, em declarações divulgadas pela Federação Portuguesa de Surf (FPS).
Yolanda Hopkins foi hoje eliminada nos oitavos de final da prova feminina de surf dos Jogos Olímpicos Paris2024, ao perder a oitava bateria da terceira ronda, frente à costa-riquenha Brisa Hennessy, em Teahupo’o, na Polinésia Francesa.
Após o reatamento da competição, que esteve interrompida devido ao mau tempo na Polinésia Francesa e permitiu que Yolanda Hopkins recuperasse da concussão sofrida na segunda ronda, a portuguesa somou 9,90 pontos (6,33 e 3,57), que foram insuficientes face aos 12,34 (7,67 e 4,67) de Hennessy.
“Na onda em que a Brisa fez os sete pontos, estava à espera de uma maior e, se tivesse remado para não a deixar ir, tinha ganho. Mas o facto é que a onda não parecia assim tão boa e ela teve a sorte de fazer um tubo”, lamentou a portuguesa, de 26 anos, que participou pela segunda vez nos Jogos Olímpicos, depois de ter sido quinta classificada na estreia da modalidade, em Tóquio2020.
Apesar de considerar que teve uma “boa performance”, sobretudo quando executou “aquela que foi, se calhar, a melhor manobra do campeonato”, com os 6.33 pontos com que abriu a bateria, Yolanda Hopkins confessou o ‘amargo de boca’.
“Foi uma das derrotas mais difíceis de sempre e demorei duas horas para conseguir falar. Acredito nas minhas capacidades e tive a sorte de ter a prova adiada por uns dias depois de ter sofrido uma contusão na cabeça, mas esgotei a minha sorte”, disse.
A algarvia tinha superado na repescagem a neozelandesa Saffi Vette, depois de ter sido relegada para esta segunda ronda pela sul-africana Sarah Baum e pela norte-americana Caroline Marks, atual campeã do mundo.
Hopkins partiu para a Polinésia Francesa declaradamente com o ouro em mente, mas voltará a Portugal sem diploma (classificações até ao oitavo lugar), depois de ter concluído a sua segunda participação olímpica na nona posição.
A outra lusa presente, Teresa Bonvalot, de 24 anos, já tinha sido afastada da competição na repescagem, concluindo a segunda presença olímpica entre as 17.ªs colocadas, depois da nona posição em Tóquio2020.
“Chega ao fim mais um sonho olímpico aqui no Taiti. Ficamos com um sabor agridoce, pois vínhamos com expectativas de um bom resultado, e olhando para o que fizemos até aqui, tenho de estar orgulhoso destas duas meninas. Acabam por ser eliminadas por pequenos erros de prioridade, em que deixaram as adversárias apanhar ondas quando estavam no controlo do heat”, reagiu o selecionador nacional, David Raimundo.
Por seu lado, o presidente da FPS manifestou “orgulho” pelas duas surfistas, considerando que ambas tiveram uma “participação notável”, apenas afetada por “pequenos erros” que se ditaram as eliminações.
As competições de surf de Paris2024 estão a ser disputadas em Teahupo’o, na Polinésia Francesa, a mais de 15 mil quilómetros da capital francesa.
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