O ciclista Iúri Leitão caiu três semanas antes de se estrear nos Jogos Olímpicos Paris2024, onde conquistou a prata no omnium, mas não revelou a informação para não afetar a sua cabeça nem deixar passar para fora.
“Estas cicatrizes nas mãos dão conta de um imprevisto na minha preparação para os Jogos. Eu tive uma queda há três semanas, a descer, quando treinava. Tentei manter o máximo de sigilo possível para isso não afetar nem a minha cabeça, nem espalhar isso para fora, digamos”, contou aos jornalistas na zona mista do Velódromo Saint-Quentin-en-Yvelines.
O recém-sagrado vice-campeão olímpico de omnium exibia nas mãos ‘queimaduras’ de contacto com o asfalto, uma situação que escondeu “tanto para os adversários como para os portugueses”.
“Porque se já é uma situação difícil estarmos aqui, se acrescentarmos ainda esse fator, ainda agrava mais a situação. Enfim, tudo cresce, então eu tentei manter o máximo para mim”, explicou.
O vianense de 26 anos assumiu que “muitos dos meus colegas até nem sabem” da sua queda.
“Vão saber agora. Mas, enfim, sim, o ciclismo de estrada acaba por ser um pouco castigador para o nosso corpo, mas é assim mesmo”, desvalorizou.
Na estreia olímpica masculina de Portugal no ciclismo de pista, Iúri Leitão concluiu o omnium com 153 pontos, atrás do francês Benjamin Thomas (164) e à frente do belga Fabio van den Bossche (131), dando a segunda medalha à Missão portuguesa em Paris2024, depois do bronze da judoca Patrícia Sampaio em -78 kg.
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