Os Estados Unidos conquistaram hoje com enorme sofrimento o oitavo título olímpico consecutivo feminino de basquetebol, ao venceram a anfitriã França por 67-66, numa final intensa e equilibrada que valeu aos norte-americanos a vitória no medalheiro de Paris2024.
A anunciada superioridade da equipa comandada por Cheryl Reeve nunca aconteceu, com as franceses, muito agressivas na defesa, a lutarem pelo ouro ‘literalmente’ até ao último segundo, num jogo que acabou de forma dramática para as francesas.
Na última jogada, iniciada com 3,8 segundos para jogar, e as norte-americanas a vencerem por três pontos, Gabby Williams ainda conseguiu lançar e marcar em ‘cima’ da ‘buzina’, mas ‘dentro’ da linha de três pontos, pelo que o ‘tiro’ só valeu dois. E a derrota.
Os Estados Unidos respiraram, assim, de alívio, conseguindo a sua 61.ª vitória consecutiva no torneio olímpico, que valeu o oitavo ouro seguido e 10.º em 13 edições, com a última derrota em 05 de agosto de 1992, com a Comunidade de Estados Independentes (CEI), por 73-79, nas meias-finais de Barcelona1992.
Além deste registo, as basquetebolistas permitiram aos Estados Unidos vencer o medalheiro, igualmente à justa, com os mesmos 40 ouros da China, mas mais medalhas de prata (44 contra 27), e também de bronze (42 contra 24), para um 126-91 no total.
A’ja Wilson, com 21 pontos e 13 ressaltos, liderou as norte-americanas, secundada por 12 pontos de Kahleah Cooper e Kelsey Plum, num conjunto que só acertou 19 de 56 ‘tiros’ de campo (34%), incluindo dois de 12 ‘triplos’ (17%), e cometeu 19 ‘turnovers’ (perdas de bola sem lançamento).
Por seu lado, a veterana Diana Taurasi, de 42 anos, não jogou, mas, no final somou uma ímpar sexta medalha de ouro, repetindo as edições de 2004, 2008, 2012, 2016 e 2020.
Na formação francesa, que repetiu a prata de 2012 – também tinha sido bronze em 2020 -, destaque para o brutal trabalho defensivo de toda a equipa e, individualmente, para os 19 pontos e sete ressaltos de Gabby Williams.
A formação norte-americana marcou os dois primeiros cestos (0-4) e, mesmo falhando mais do que acertando, conseguiu acabar o primeiro parcial a vencer por seis pontos (9-15), depois de dois cestos de Brittney Griner.
No início do segundo período, a vantagem subiu para oito (9-17), mas as gaulesas reagiram da melhor forma e conseguiram mesmo regressar ao comando (25-23), com uma ‘tapinha’ de Napheesa Collier a estabelecer a igualdade ao intervalo (25-25).
As francesas arrancaram a segunda parte com um parcial de 10-0, para uma liderança de 35-25, mas as norte-americanas ‘acordaram’ e, com um parcial de 8-0, voltaram ao jogo (35-33), só que as francesas ripostaram e conseguiram manter-se na frente (40-35).
Com a entrada de Sabrina Ionescu, os Estados Unidos ganharam consistência e conseguiram mais uma parcial de 8-0 e nova liderança (40-43), com Marine Johannes ainda a empatar (43-43), antes de A’ja Wilson fechar o período (43-45).
No último período, multiplicaram-se as igualdades (a 45, 47, 49, 51, 53 e 55), mas os Estados Unidos conseguiram abrir, então, uma pequena vantagem (55-58), que foram gerindo (57-60 e 59-63).
A França ainda se colocou a dois (61-63) e depois a um (64-65), após ‘triplo’ de Williams, a 4,9 segundos do fim, com Cooper a responder com dois lances livres (64-67), deixando 3,8 para as anfitriãs ainda lançarem e marcarem... mas de dois pontos.
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