A ciclista portuguesa Maria Martins garantiu hoje que tinha como objetivo assegurar um diploma na prova de omnium dos Jogos Olímpicos Paris2024, assumindo que lhe faltou consistência para o alcançar.
Última portuguesa a competir em Paris2024, Maria Martins terminou com 61 pontos o concurso de omnium, ganho pela norte-americana Jennifer Valente (144), seguida da polaca Daria Pikulik (131) e da neozelandesa Ally Wollaston (125), segunda e terceira, respetivamente.
Repetir o diploma de Tóquio2020, onde foi sétima na estreia do ciclismo de pista português em Jogos Olímpicos, era um objetivo de Maria Martins, que não consegue encontrar “um adjetivo que possa caracterizar esta corrida”.
“Fiz a preparação que quis para aqui, abdiquei de muita coisa, inclusive do calendário da estrada, por este objetivo. Obviamente, precisamos sempre de que as coisas corram à nossa feição ao longo do dia, porque é uma corrida que é composta por quatro provas e, infelizmente, não fui tão consistente quanto queria. Saio daqui satisfeita por ter feito a minha corrida, ter feito o possível. Trabalhei para o diploma e obviamente isto fica um bocado aquém”, lamentou.
‘Tata’ “estava consciente da dificuldade” que tinha para repetir um lugar entre as oito primeiras, mas “simplesmente o dia não correu da forma que devia” para que isso pudesse acontecer.
Durante várias voltas, Maria Martins andou no fundo do pelotão para “tentar poupar energia ao máximo, para poder criar” uma oportunidade, “mas a corrida foi muito atacada e teve reviravoltas enormes a toda hora”.
“Nunca senti a oportunidade certa e nunca a agarrei da forma adequada, por isso, saio também um bocadinho com a sensação de que podia ter ali ou acolá ter conseguido criar a minha oportunidade, mas se não o fiz é porque as coisas não tinham que acontecer. Não vale a pena estar a pensar nos ‘ses’ porque é assim mesmo”, referiu.
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