O Comitê Olímpico das Ilhas Salomão surpreendeu tudo e todos ao nomear uma corredora da maratona para competir na prova dos 100 metros femininos nos Jogos Olímpico de Paris.
Sharon Firisua, uma corredora de fundo e participações nos Jogos do Rio em 2016 e Tóquio em 2021, nunca correu os 100 metros em competições de alto nível, mas irá correr ao lado das melhores do mundo no Stade de France nas eliminatórias, que começam esta sexta-feira.
A Federação de Atletismo das Ilhas Salomão tinha recomendado dois velocistas para ocuparem os cobiçados lugares de 'wildcard' nos Jogos.
No entanto, o comité olímpico do país nomeou Firisua, de 30 anos e campeã nacional dos 1.500 metros, que terminou em 72.º lugar na maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas não conseguiu qualificar-se para este evento nos Jogos de Paris.
A decisão foi um "choque", disse Michael Kuali, presidente da Federação de Atletismo das Ilhas Salomão, à emissora australiana ABC, já que Firisua, apesar de ser uma experiente corredora de longas distâncias, não tem qualquer tipo de histórico no que diz respeito a competições de 100 metros ao mais alto nível.
A nomeação da corredora provocou a ira de Jovita Arunia, de 22 anos, campeã nacional de 100 e 200 metros das Ilhas Salomão, e que sonhava em competir em Paris.
"Nós somos as velocistas. Não sei o que aconteceu de errado, é inacreditável", disse a frustrada Arunia.
O comitê olímpico das Ilhas Salomão ainda não teceu qualquer comentário; por seu lado, Arunia ameaçou abandonar o atletismo devido a esta decisão.
"Não vou competir mais por causa do que me fizeram", afirmou.
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