Roger Schmidt, treinador do Benfica, falou esta segunda-feira no programa Mística A Dois, da plataforma BPlay, numa entrevista na qual olhou para a atualidade encarnada, olhando entre outros temas para as contratações já efetuadas até ao momento - Pavlidis, Beste e Leandro Barreiro - e para a continuidade de Ángel Di María.
"Estou muito feliz pelo Ángel. Começou no Benfica e regressou ao Benfica. Esta é uma história fantástica de futebol, na minha opinião, porque ele poderia fazer tantas coisas diferentes. Podia ter ido atrás de mais dinheiro. Muitos jogadores tomam decisões diferentes, mas ele tomou a decisão de voltar ao clube onde tudo começou na Europa. E acho que isso diz tudo sobre o seu carácter. Se o vissem todos os dias nos treinos… Gosto muito de o ver porque ele é um exemplo para todos os jogadores, para os jogadores que estão a crescer e que observam um jogador que já teve uma carreira fantástica, mas que ainda quer ganhar em todos os treinos. Está muito motivado e continua a jogar ao mais alto nível. E acho que ele nos dá tanta, tanta qualidade e mentalidade", afirmou, falando também, então, das caras novas.
"Se pensarmos em novos jogadores, acho que temos de pensar em novas armas. Novas armas especiais no jogo. E é isso que estamos a tentar fazer. O Rafa é quase um jogador único. Se virmos o perfil dele, é quase impossível encontrar um jogador como o Rafa. Mas, como disse, o Rafa foi-se embora. O que tentamos é encontrar no mercado jogadores como o Pavlidis, como o Beste, como o Barreiro, que também têm armas num estilo diferente", começou por dizer.
"O Pavlidis é um jogador que mostrou, sobretudo nas duas últimas épocas no Alkmaar, que é um avançado muito completo, com muita qualidade na finalização, a marcar golos e a fazer assistências, mas também um jogador muito trabalhador. Penso que é um jogador que tem o perfil para jogar este tipo de futebol ativo e de alta pressão e o que já demonstrou nas duas primeiras semanas, que também tem a mentalidade necessária para mostrar isso em campo", afirmou.
"Com o Barreiro temos um jogador que é muito fiável, muito semelhante ao Florentino. Penso que ambos os jogadores, no que diz respeito à concentração tática, à qualidade, à força física, são capazes de jogar este tipo de futebol. E são muito bons a recuperar bolas, e penso que, por vezes, isso também é algo que é necessário na equipa para criar o equilíbrio certo. É claro que são necessários alguns artistas, alguns jogadores que façam a diferença no ataque, mas também precisamos de jogadores que nos ofereçam a estabilidade necessária para jogar um bom futebol tático", frisou.
"E o Niklas Beste é um jogador que jogou as duas últimas épocas a um nível muito elevado, tem um pé esquerdo fantástico na finalização, nas bolas paradas, nos cruzamentos, e é muito poderoso também nos sprints e nas corridas de alta intensidade. Acho que estes jogadores são capazes de jogar o futebol que nós queremos jogar. Foi por isso que os escolhemos para o Benfica", concluiu.
Houve ainda tempo para falar da sua relação com Rui Costa e da relação com os adeptos, depois dos momentos conturbados do final da temporada passada.
"Para ser sincero, gosto muito de trabalhar com o nosso Presidente porque, antes de mais, ele é uma ótima pessoa. Em segundo lugar, foi um grande jogador. Também o segui quando ele jogava. Na minha opinião, é um Presidente fantástico. Agora sei o que significa ser presidente do Benfica, não é um trabalho fácil. É ainda mais difícil do que ser treinador. Mas ele assumiu essa responsabilidade. E porquê? Porque ama o Clube. Está a trabalhar mesmo muito", afirmou sobre Rui Costa.
"Há sempre uma relação com os adeptos, mas aqui no Benfica é muito especial. Temos de estar concentrados no nosso trabalho. Depois, daremos tudo em cada jogo, e jogo a jogo, temos de lutar pelos título. Sabemos que os nossos adeptos podem fazer a diferença e, claro, espero que os benfiquistas possam estar aqui na próxima época, com a equipa, para lutarmos juntos pelos títulos", disse.
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