O Marítimo negou esta segunda-feira, através de um extenso comunicado, qualquer tipo de fuga ao impostos entre os anos de 2001 e 2005, contrariando assim uma acusação por parte do Ministério Público, que de acordo com o DN Madeira alega que o clube insular pagou, durante esse período vários milhões de euros em dinheiro vivo a jogadores e treinadores.
Leia o comunicado na integra:
"Face às notícias hoje vindas a público, no Diário de Notícias da Madeira, vem o Marítimo da Madeira Futebol, SAD, exercer o seu direito de resposta.
Com esta publicação, o Diário de Noticias (DN) pretende fazer um julgamento em praça pública, promovendo assim uma difamação maldosa atentatória do bom nome e reputação das pessoas em causa, ignorando todos os efeitos colaterais dessa estratégia, quando a sentença (ou não) se irá fazer nos tribunais na devida altura.
Nunca os referidos diretores do Maritimo fizeram parte de qualquer gerência ou foram detentores de quaisquer capitais em sociedades offshore, ao contrário do outro clube, o CD Nacional. O DN nunca se preocupou em publicar esse detalhe.
Como é do conhecimento público, todas as ações, decisões e registos foram e são devidamente monitorizados pelos órgãos de fiscalização independentes, sendo apresentados e aprovados em Assembleia Geral por todos os representantes da estrutura acionista. Relembra-se que no período em causa o CSM detinha 40% do capital social da Maritimo SAD, a RAM detinha outros 40% e os restantes 20% eram distribuídos por outros acionistas.
Nunca nada foi decidido ou implementado à revelia dos grandes acionistas da Maritimo SAD. O que está em discussão, são direitos e práticas comuns a outros diferentes clubes.O Maritimo e os seus dirigentes sempre estiveram disponíveis e prestaram os esclarecimentos necessários a quem de direito. Graças aos contributos dos esclarecimentos dos dirigentes Marítimo, em local próprio, várias situações já foram ultrapassadas, reembolsadas e outras arquivadas. Curiosamente, estas situações são ignoradas pelo DN.
Nunca é demais referir que o Marítimo SAD em 2016, no âmbito do PERES, optou por liquidar à Administração Tributária (AT) os valores que esta entendia ser devidos. Apesar do pagamento de 2,5 milhões de euros, os processos continuam a ser dirimidos nas instâncias judiciais, uma vez que o Marítimo não concorda com a interpretação dada erradamente como provados pela AT.Tal como foi comunicado na última Assembleia Geral aos seus acionistas, já existem decisões favoráveis ao Marítimo SAD, inclusive com reembolso dos valores pagos acrescidos de juros e noutros em que ainda se aguarda o respetivo reembolso.
A Marítimo SAD tem toda a sua situação fiscal com a AT e com a Segurança Social (SS) regularizada com inexistência de qualquer dívida. Eventualmente poderá ser credora neste momento perante a AT. Não deixa de ser curioso o facto do Diário de Noticias nunca ter tido um comportamento minucioso quando foi o caso de outro clube, o CD Nacional.
A suspeição que está tanto na capa como no interior do Diário (DN) de hoje, sobre pagamentos em numerário não corresponde à verdade. Tal será provado, em sede própria, pois é o Tribunal o único órgão competente para, como representante do poder oficial do Estado, decidir os casos que processualmente sejam levados à sua apreciação.
O rival do Marítimo que teve um processo com contornos semelhantes, foi absolvido, sem nunca ter um destaque desta natureza no DN. Vamos lá saber porquê?Enquanto estiver no DN um diretor anti-Marítimo e quiçá com uma clubite doentia, o DN terá sempre prazer em fabricar notícias difamatórias a um clube da nossa dimensão, normal na sua pequenez e oposto à grandeza de um dos seus bons acionistas, mas contrários aos princípios morais.
O DN que manifesta tanta preocupação em matéria de grande visibilidade, deveria, ao menos, em nome da verdade jornalística, ter o cuidado de consultar as regulamentações da AT bem como os acórdãos já publicados sobre matérias idênticas ou similares, transitado em julgado, cujas decisões são contrárias ao que este órgão de comunicação social insinua ou afirma. Um verdadeiro trabalho jornalístico levaria a que facilmente se chegasse à conclusão de que os seus dirigentes nunca beneficiaram de qualquer contrapartida, direta ou indiretamente, ao contrário da mensagem da publicação. Provavelmente ao contrário de outros e nunca escrutinados.
Naturalmente, o Marítimo reserva-se no direito de agir em nome da defesa da instituição e dos seus dirigentes."
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