O FC Porto fez de tudo, mas não foi além de um empate na receção ao Famalicão (2-2), em jogo da 29.º jornada da I Liga. Os azuis e brancos foram sempre dominadores, mas não demonstraram pontaria para anular os erros que permitiram os golos do adversário.
Agora, ficam à espera do resultado do encontro entre SC Braga e Estoril, uma vez que os 'guerreiros' podem igualar pontualmente os portistas na classificação.
Para este encontro Sérgio Conceição optou por mudar algumas peças em relação ao desaire com o V. Guimarães. Na defesa, Zé Pedro começou de início, substituindo o castigo Pepe, e Otávio regressou para o lugar de Fábio Cardoso. No meio, a entrada de Grujic relegou Alan Varela para o banco e Iván Jaime entra para o lugar de Galeno, enquanto na frente Evanilson regressa para a posição que foi ocupada por Namaso.
Já Armando Evangelista manteve a base, introduzindo apenas De Haas no lugar de Riccieli e Sorriso para a vaga deixada pela saída de Chiquinho.
A partida começou em ritmo baixo e o primeiro sinal de perigo surgiu mesmo pelos famalicenses, aos 10 minutos. Puma Rodríguez desmarcou-se pela direita, lançou um cruzamento milimétrico que encontrou Cádiz dentro da área e o avançado não hesitou em cabecear para o 1-0.
O golo teve um efeito de alerta nos dragões, que começaram a ser mais agressivos na pressão e a querer chegar à área com menos passes. A fórmula teve sucesso aos 17 minutos, quando Francisco Conceição inventou uma jogada pela direita, conduziu pela linha final e, quase sem ângulo, rematou para o empate, com uma ajuda preciosa de Youssouf.
Nesta fase, o FC Porto assumiu completamente o domínio da partida, mas não estava a conseguir encontrar forma de penetrar a muralha defensiva erguida pelo Famalicão. Ainda assim, nas poucas vezes que conseguia sair em contra-ataque a equipa de Armando Evangelista conseguia sempre criar perigo.
Quando as equipas já estavam à espera do apito para o intervalo, Gustavo Sá fez um cruzamento muito perigoso, cujo desvio foi falhado por Sorriso, mas Cádiz estava no sítio certo para bisar e recolocar os minhotos em vantagem.
Sérgio Conceição sentiu que a equipa precisava de caras novas para dar a volta à desvantagem e operou três substituições ao intervalo. Varela, Galeno e Taremi entraram para os lugares de Jorgie, Grujic e Iván Jaime.
As substituições melhoraram a equipa que continuou instalada no meio-campo adversário, mas parecia muito mais assertiva e com maior capacidade para contrariar o bloco baixo do adversário.
A pressão deu frutos e o FC Porto chegou mesmo ao golo num lance muito duvidoso, aos 55 minutos, em que o árbitro Gustavo Correia decidiu assinalar falta ofensiva, considerando que a bola foi retirada das mãos de Luiz Júnior. No entanto, a diferença para a primeira parte era visível.
Seguiram-se vários lances em que o golo esteve perto, mas faltou um pouco mais de pontaria para os dragões celebrarem, além da tremenda exibição de Luiz Júnior que parecia estar sempre no sítio certo para evitar os festejos.
Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura. E foi mesmo isso que aconteceu, quando numa jogada de contra-ataque, numa das poucas vezes que o Famalicão abriu espaço, Galeno fez um fantástico cruzamento rasteiro e Taremi só teve de escolher o lado.
Pouco antes do final do jogo, numa fase onde os nervos estavam à flor da pele, Evanilson embrulhou-se na área famalicense com Mihaj e acabou expulso, por vermelho direto.
Os azuis e brancos de tudo fizeram para chegar à vitória, mas falharam em quebrar a resistência dos minhotos e só conseguiram um ponto da partida.
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