Após o desaire na receção ao Famalicão (2-2), para a 29.ª jornada da I Liga, Diogo Costa não poupou nas palavras para descrever a exibição e pediu que a equipa melhore o controlo emocional para voltar a ganhar jogos. Já Sérgio Conceição procurou justificar os motivos do mau momento que a sua equipa atravessa.
Sérgio Conceição, treinador do FC Porto
"É um momento difícil para toda a gente. Os adeptos têm toda a legitimidade e toda a razão para assobiarem porque não ganhámos, faz parte. Estranho é na semana passada terem batido palmas quando perdemos com o V. Guimarães, isso é que é estranho. Estou habituado a um público exigente, apaixonado pelo clube. Há pouca coisa a dizer, em relação a tudo, às três equipas", começou por dizer o técnico azul e branco.
"É muito fácil bater no FC Porto, mesmo as pessoas dentro do FC Porto, é muito fácil. Em vez de sermos uma mais-valia, de nos juntarmos neste momento, porque temos um título por disputar e um fim de época para acabar bem, de acordo com os pergaminhos do clube, anda aqui muita gente com estratégia própria e que prejudica seriamente o clube. E depois fica difícil", prosseguiu.
"Vocês veem os jogos. Pessoas honestas podem ver que há muitos situações do jogo: primeiro remate do adversário à baliza e dá golo, na semana passada foi um autogolo nosso. É sempre a correr atrás do prejuízo. E depois há situações muito dúbias. Hoje há um segundo amarelo para um jogador do Famalicão que não acontece. Não quero só falar situações. Também houve demérito nosso, podíamos ter feito mais, principalmente na primeira parte. Mas está um ambiente difícil por tudo. Hoje é simples e fácil. Querem meter esta região norte um bocadinho fora do sucesso desportivo que a equipa tem de ter em Portugal e na Europa", acrescentou ainda na flash interview à Sport TV.
"Eu estou aqui até que o presidente decida. A minha duração e longevidade não tem a ver com os meus lindos olhos, mas com o meu trabalho. A partir do momento que o presidente ache que é preciso algo mais na equipa para acabar a época, completamente tranquilo, à vontade", disse depois, já na sala de imprensa.
Diogo Costa, guarda-redes do FC Porto
"Como jogador da casa sinto-me envergonhado, é muito trabalho e muito azar contra nós. Temos de melhorar o nosso emocional porque há muita gente contra nós. Temos de ser nós a querer fazer o melhor, deixar a revolta de lado e fazer o melhor pelo nosso clube", assumiu o guarda-redes.
"O nosso estado não é o melhor, temos entrado mal. Temos de olhar para nós, temos muito a melhorar, sobretudo a nossa cabeça. Esta não é a melhor maneira de representar o FC Porto. Há muita crítica a fazer, devemos olhar para dentro e ser humildes. Temos trabalhado bem durante a semana, mas entramos a perder. Há muita revolta, não é fácil lidar, mas temos de fazer melhor", completou.
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