70 minutos de jogo - Leroy Sané abanava as redes de Vlachodimos, num livre irrepreensível, e estava quebrada a resistência encarnada. Até aí o Bayern tinha sido de facto melhor: Contou com mais posse, mais oportunidades, somado golos anulados e bolas nos ferros. Por outro lado, o Benfica tinha revelado até aí uma estabilidade e uma capacidade de resistência pouco vista, em relação a outras equipas que defrontam o Bayern por essa Europa fora.

Certo que foram sempre os bávaros a assumir as rédeas do jogo, desde o momento em que o árbitro Ovidiu Hategan apitou para o início do encontro. O Benfica ainda chegou a 'sonhar' pontuar frente ao 'grande tubarão alemão'. Mas a ambição até chegou a ser maior em determinados momentos, em que teve chances para ferir 'de morte' o adversário. Que dizer da arrancada de Darwin na primeira parte - a fazer lembrar o golo frente ao Barcelona. Na segunda parte o Benfica 'cheirou' o golo, primeiro num pontapé de Diogo Gonçalves e depois num grande lance de Yaremchuk. Neuer não deixou.

Para se quebrar um tubarão é necessário ser-se muito eficaz, porque necessariamente as oportunidades vão escassear em relação às que o adversário de maior poderio terá ao seu dispor. A equipa de Jorge Jesus - com André Almeida na direita - teve a capacidade de em determinados momentos quebrar o ímpeto alemão e chegou a vislumbrar-se uma possível surpresa. Contudo acabou por ser a normalidade a imperar. Porque quando os bávaros criam, normalmente aniquilam. São eles os reis das goleadas na Champions.

O Benfica resistiu na primeira parte, muito à custa de Vlachodimos e face a um Bayern sem a eficácia 'costumeira'. Os alemães tentaram explorar o lado direito da defesa encarnada, enquanto que o Benfica procurou 'descobrir o ouro' no lado de Sule, explorando a velocidade de Darwin e de Rafa. O uruguaio esteve perto de fazer o golo numa grande jogada (33´), mas valeu Neuer a impedir a festa encarnada com uma grande defesa. Jesus parecia acertar na estratégia, o Benfica era criterioso no momento da posse, mas faltavam os golos que seriam sempre necessários para discutir o resultado com os alemães. No segundo tempo, o Benfica continuou com mesmo intuito, no sentido de tentar, sempre que podia, atacar a baliza da equipa de Dino Toppmöller, no banco do Bayern face à ausência de Julian Nagelsmann. Diogo Gonçalves e Yaremchuk estiveram perto, com os 55 mil na Luz a estremecerem.

O livre de Leroy Sané trouxe laivos de realidade aos encarnados. E quando se 'solta o ketchup' para o lado bávaro, já se sabe que normalmente vem enxurrada. Antes do golo, Toppmöller tirou Pavard e colocou em campo Gnabry. O outro velocista do Bayern, para além de Coman que tantos problemas tinha causado, fez com que os alemães metessem 'a quarta'. Aos 80´ foi Everton Cebolinha a cabecear para dentro da própria baliza depois de um cruzamento de Gnabry.

Com o adversário balanceado para recuperar no marcador, o Bayern aumentou a intensidade e marcou mais dois golos. Sané assistiu Lewandowski para o 3-1 (82´) e o mesmo Sané estabeleceu o resultado final depois de um passe de Stanisic (85´). O Bayern é líder do grupo E com nove pontos, O Benfica segue na segunda posição com quatro, mas já sente o 'bafo' do Barcelona que conta com três.

Momento

O golo de Sané que abriu o marcador na Luz - Foi o momento em que a equipa do Benfica quebrou que nem um castelo de cartas. O encarnados estiveram próximos de parar o colosso, mas nos últimos 20 minutos sofreram quatro golos sem resposta.

Melhores

Sané

Dois golos, lances de genialidade pura e uma assistência para aquele que foi o dínamo do Bayern na Luz. Destacou-se como o melhor em campo.

Coman

Foi um quebra cabeças graças à sua técnica estonteante. Quebrou os rins a André Almeida na primeira parte e na segunda foi Diogo Gonçalves que sofreu com a técnica do internacional francês.

Neuer

Gigante e imperial. Quando teve que responder fê-lo a grande altura com várias defesas decisivas que impediram que o Benfica saísse na frente do marcador.

Darwin e Rafa

Os mais inconformados do lado das águias. Fizeram valer-se da sua velocidade para fazer a diferença, o internacional português mais em técnica e o uruguaio através do seu poder físico.

Gnabry

Entrou para os últimos 20 minutos e virou o jogo ao contrário com a sua velocidade. Imprimiu um ritmo diabólico na fase final do encontro e teve um papel fundamental para que o resultado inclinasse para o lado da equipa bávara.

Reações

Jorge Jesus: "Se estava preparado para ser goleado? Nem pensar"

Darwin diz que derrota "dói muito", André Almeida explica lesão

Muller diz que "foi especial" voltar à Luz, adjunto do Bayern assume importância de Neuer

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.