O canoísta Fernando Pimenta assumiu hoje que seria impossível falhar os europeus de maratonas na sua terra natal, Ponte de Lima, apesar de distarem menos de duas semanas dos europeus de pista na República Checa.

“Sem dúvida que, para mim, um dos grandes objetivos para 2025 é este europeu em casa. Mesmo tendo um campeonato da Europa de velocidade passado uma semana e meia”, vincou, em declarações à Lusa, sobre a competição que decorre entre quinta-feira e domingo.

Pimenta vai fazer a ‘short race’, de 3,4 quilómetros, na quinta-feira, enquanto no domingo faz equipa com José Ramalho nos 29,8 quilómetros da prova longa, no K2 campeão da Europa e do Mundo.

“Este competir em casa é sempre especial, pelo carinho que recebo de todos os limianos e portugueses”, explicou, recordando que esta aposta em duas provas de diferentes disciplinas e em pouco tempo é mais normal no primeiro ano de novo ciclo olímpico, normalmente mais relaxado e propício a novas experiências.

O rio no qual cresceu para a canoagem não tem segredos, ao contrário de algumas especificidades das maratonas, nomeadamente o entrar e sair do caiaque, sempre em movimento e a alta velocidade.

“É aí que reside a maior diferença de mim para os atletas da especialidade, porque treinam semanalmente e fazem trabalho específico só para isso, que é o que eu tenho feito agora”, contou.

Esta época Pimenta participou somente numa das taças do Mundo, em Szeged, na qual conquistou a prata em K1 5.000, enquanto no seu predileto K1 1.000 foi somente nono, falhando o pódio, algo que nesta competição não acontecia há mais de uma década.

“Tenho noção de que menos 5% na preparação equivale a muito mais numa competição. Esta época tenho facilitado um bocadinho mais, até por ser um ano um bocado diferente. Em termos de preparação, é mais tranquilo”, conta.

Depois da Taça do Mundo, Pimenta tem vivido um “grande desafio” para se preparar para os europeus de pista e de maratonas, conjugando “volume intercalado com intensidade”, para poder estar na melhor forma tanto em Ponte de Lima como em Racice.

Os Europeus de maratonas juntam cerca de 250 atletas de 26 países.