Florentino Pérez é a última voz da discordância sobre o extenso calendário dos clubes que, no seu entender, está na base das muitas lesões graves que têm surgido nas equipas que mais jogos disputam. Para se ter uma noção, neste momento o departamento médico do clube merengue inclui Carvajal, Militão, Alaba, Tchouaméni, Vázquez e Vinicius Junior.
"O calendário está ligado a um aumento alarmante de lesões. A UEFA e a FIFA adicionaram 14 partidas próprias, o equivalente a dois meses e meio de competição. No total, tivemos 14 partidas e 22 lesões. Já tivemos nove lesões no ligamento cruzado", começou por dizer o dirigente.
A realização do novo Mundial de clubes, que se realiza no final desta temporada, também esteve entre as críticas de Pérez.
"A falta de descanso afeta a carreira dos jogadores. A FIFA criou um Mundial de Clubes que priva os jogadores do descanso habitual. A UEFA organizou 488 partidas oficiais há 10 anos e agora passou para 769, só para ganhar mais dinheiro".
Além destes problemas, o presidente do Real Madrid mostrou ainda o desagradado com o novo formato da Liga dos Campeões, que acrescenta, pelo menos, dois jogos a um calendário já demasiado denso.
"O novo formato da Liga dos Campeões provou não ser uma solução, como prevíamos. Aumentou o número de partidas, mas reduziu o valor de cada partida. A competição só despertará a paixão dos fãs no final e não no começo, como esperado", concluiu.
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