A justiça francesa anunciou hoje que informações prestadas pela polícia russa foram determinantes para a operação de terça-feira que levou à detenção de vários 'hooligans' russos, à margem do Europeu de futebol.
Brice Robin, procurador de Marselha, revela que foi um agente de ligação russo que confirmou que vários 'hooligans' russos envolvidos em rixas violentas em Marselha estava alojados num hotel de Mandelieu-la-Napoule. Da operação resultaram várias detenções e mais tarde a condenação de três pessoas.
"Chegaram pelas 03:00 vindos de Marselha, em duas viaturas, e alguns estavam feridos. O telefonema foi feito face ao risco de 'fight' (luta organizada de grupos) com polacos, em Cannes", disse. "Gostaria que a cooperação com os russos fosse mais rápida, mas o essencial é que foi feita".
Robin diz que se continua a procurar os responsáveis pela violência de sábado, de que resultaram 35 feridos, sendo que alguns adeptos ingleses ainda se encontram em estado grave. "Procuramos os autores desse actos, qualificados como tentativas de homicídio".
Na base dos incidentes terão estado provocações de russos "particularmente violentos" que queriam demonstar a "supremacia sobre os ingleses". Segundo Robin, no grupo estariam elementos dos Orel Butchers, do Lokomotv, e dos Gladiator Firms, do Spartak, que filmavam os confrontos para depois exibir as 'proezas' nas redes sociais.
Os 'hooligans' russos, que atacavam por levas, pretendiam continuar com a violência e tinham t-shirts com inscrições em que se lia "destruir o Euro2016 em França".
Os 43 detidos eram um grupo com "grande probabilidade de incluir os adeptos violentos". Desses, 20 foram libertados, 20 serão expulsos do país na segunda-feira e três foram condenados a penas de 12, 18 e 24 meses de prisão.
Robin acredita que entre os 20 expulsos haveria mais passíveis de serem condenados, mas não foram reunidas provas suficientes nas 200 horas de video visionadas.
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