Filho de Carles Busquets, histórico guarda-redes que, apesar de pouco utilizado, passou nove épocas no FC Barcelona num período que incluiu o Dream Team do holandês Johan Cruyff, Sergio Busquets já superou o pai em termos de longevidade no clube – concluiu a 13.ª temporada – e sempre como primeira opção no onze, independentemente do treinador.
Começou no Terrassa e, como costuma acontecer com os principais talentos dos clubes de menor dimensão, acabou por ser recrutado pelo FC Barcelona ainda nas camadas de formação.
Bastou-lhe depois uma época na equipa B dos culés antes de se estrear na equipa principal em 2008/09 e logo como titular absoluto. Foi com esse estatuto que formou um meio-campo mágico com Xavi e Iniesta, responsáveis pela origem do tiki-taka, estilo de jogo que privilegia a posse de bola e o passe curto. Além desse meio-campo de enorme talento, fez parte de equipas de luxo, com o argentino Lionel Messi à cabeça, que enriqueceram o museu do clube catalão.
No reinado de Sergio Busquets, o Barça conquistou oito campeonato, sete Taças do Rei, seis Supertaças de Espanha e, em termos internacionais, três Ligas dos Campeões, três Mundiais de clubes e três Supertaças europeias.
Apesar de o maior talento proveniente de La Masia, a famosa escola do clube, ser argentino, o FC Barcelona forneceu a seleção espanhola com muitos dos seus craques, nomeadamente o referido trio do meio-campo, e todos estes talentos foram determinantes para as conquistas da seleção espanhola. Com eles, a La Roja deixou de ser conhecida pela fúria, como até então, e ganhou uma qualidade e mentalidade vencedora fundamentais para chegar aos títulos.
Sergio Busquets ficou fora do lote de jogadores que conquistaram o Europeu de 2008 – estreou-se pela seleção principal de Espanha em 2009, em plena Taça das Confederações –, mas já fez parte da equipa que ergueu os troféus do Mundial de 2010 e do Euro’2012.
Desde então, Busquets não perdeu qualquer fase final de Mundiais ou Europeus, embora tenha estado muito perto de ficar fora das opções da atual edição do Euro. Jogou frente a Portugal no último jogo de preparação da Espanha antes da competição e, dias depois, testou positivo à COVID-19.
O capitão foi afastado do grupo e falhou o jogo de estreia da seleção espanhola no Europeu, o empate a zeros frente à Suécia, mas juntou-se aos restantes colegas depois de ter dado negativo no último teste PCR, como exigido nos protocolos sanitários. E com o médio defensivo do FC Barcelona na equipa, é garantido que a equipa de Luis Enrique ganha um importante trunfo para voltar às vitórias.
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