Os negócios de Jorge Mendes estão a ser investigados em cinco países europeus. De acordo com o semanário 'Expresso, que analisou documentos obtidos pelo jornal alemão 'Der Spiegel' na plataforma Football Leaks, a investigação pretende saber se o 'super agente' de futebol está a pagar todos os impostos que devia, não só em Portugal mas também em Espanha, Reino Unido, Irlanda e Holanda, países onde Jorge Mendes tem sediado alguns dos seus negócios.
Na base da investigação está a Autoridade Tributária (AT) de Portugal, que descobriu que, ao longo dos anos, o empresário declarou que apenas recebe salários e não dividendos de transferências. São 34 contratos de jogadores e treinadores representados por Jorge Mendes, celebrados entre 2015 e 2016, que movimentaram mais de de 1,3 mil milhões de euros.
Contactado pelo jornal 'Expresso', Jorge Mendes negou qualquer fuga ao fisco.
"Nunca ocultei rendimentos. [...] Sou e sempre fui residente fiscal em Portugal, país onde declaro a totalidade dos meus rendimentos, incluindo os obtidos no estrangeiro, e pago os impostos correspondentes", explicou.
De acordo com os documentos tornados públicos pelo 'Football Leaks' e analisados pelo 'Expresso', Jorge Mendes e a mulher terão recebido 96 milhões de euros, entre 2008 e 2016 sem os declarar como dividendos mas sim como devoluções de capital social em Portugal, livres de impostos. Na Holanda esses dividendos foram declarados como mais-valias na venda de ações.
Esta semana foi noticiado que Jorge Mendes terá recebido nove milhões de euros pela transferência de Mbappé do Mónaco para o PSG, apesar de os dois clubes terem revelado que a transferência se fez sem qualquer intermediação de empresários.
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