Hoje foi o dia da terceira etapa, aquela que nos leva para terrenos entre Erfoud e Zagora. Na realidade Marrocos é um país que conhecemos muito bem e a região entre estas duas cidades é como se fosse a nossa segunda casa. A zona desértica em contacto com os vales do rio Draa tem paisagens fantásticas e diversas.
Nesta fase da corrida as assistências já vão criando laços pois a dureza do deserto vai diminuindo as diferenças culturais e linguísticas. É a necessidade de se ter um apoio na estrada ou no acampamento. A temperatura ronda os 38 graus e o ar muito seco é arrasador para quem vive no Centro e Norte da Europa e é incómodo também para nós que vivemos no Sul da Europa.
A comida continua sempre num registo europeu que é por vezes pouco evidente ao palato do comum português, embora quantidade não falte. Aqui há regras para tudo. Até na posição de estacionar o camião antes de realizar a sua reparação. Sem dúvida que é algo a que não estamos habituados.
O cansaço vai aparecendo e fazendo o seu trabalho demolidor. Para manter o corpo equilibrado tomamos umas pastilhas de sal e seis litros de água por dia. Mas, mesmo assim, às vezes parece que não chega. Para já tudo anda no seu ritmo normal e aqui, como em tudo, a experiência conta muito.
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