O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu hoje o Grande Prémio do México de Fórmula 1, estabeleceu um novo máximo de vitórias numa mesma temporada (16) e igualou os 51 triunfos de Alain Prost na modalidade.
Numa corrida marcada pelo despiste do dinamarquês Kevin Magnussen (Haas), que obrigou à interrupção da prova, Max Verstappen deixou o segundo classificado, o britânico Lewis Hamilton (Mercedes), a 13,875 segundos, com o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) em terceiro, a 23,124 segundos.
O acidente de Magnussen ocorreu na 33.ª das 71 voltas previstas, quando a suspensão traseira esquerda partiu e atirou o carro do dinamarquês contra o muro de proteção, obrigando a nova partida.
Nessa altura, já Verstappen liderava confortavelmente depois de ter feito uma partida muito forte, desde a terceira posição, até se colocar no comando, ao passar Leclerc pelo interior da primeira curva.
O mexicano Sérgio Pérez (Red Bull), a precisar de um bom resultado diante do seu público, também partiu bem, desde o quinto lugar, colocando-se a par de Leclerc e Verstappen.
No entanto, Pérez tentou virar demasiado cedo e acabou tocado pelo Ferrari, que se viu apertado pelos dois Red Bull e acabou por ter de desistir, com danos no seu monolugar.
“Fiquei entre os dois Red Bull e não tinha para onde ir. Foi uma pena. Estou desalentado por ter acabado com a corrida do ‘Checo’, mas não tive hipóteses”, explicou, no final, o piloto da Ferrari, perante as vaias do público da casa.
Mais a frio, Sérgio Pérez admitiu responsabilidades no acidente.
“Considero que foi um incidente de corrida. Como pilotos, corremos o risco. Eu corri e paguei o preço”, disse.
Com a interrupção da corrida, Verstappen aproveitou para montar pneus duros novos (já tinha sido o primeiro a parar, na volta 18, para montar pneus duros), que lhe permitiram rodar até final.
No reatamento, Hamilton, que tinha montado pneus médios, passou Leclerc, que tinha duros, e aguentou a posição até final.
Verstappen, já campeão antes desta prova, manteve um andamento sem igual, ganhando mais de 13 segundos ao britânico em apenas 35 voltas e batendo o recorde de vitórias numa mesma temporada, que já lhe pertencia desde 2022.
O piloto da Red Bull, de 26 anos, chegou aos 16 triunfos esta época, em 19 corridas disputadas, 51 na carreira, os mesmos do francês Alain Prost e a dois dos 53 do alemão Sebastian Vettel, que ocupa o terceiro lugar no pódio dos mais vitoriosos.
Inalcançáveis, pelo menos para já, estão os 91 de Michael Schumacher e os 103 de Lewis Hamilton.
“Estamos a viver uma época incrível, o ritmo do carro era muito bom. Com a bandeira vermelha não pudemos mostrar o ritmo que tínhamos”, disse o piloto neerlandês, que chegou aos 491 pontos, tendo mais 251 do que o segundo classificado, Sérgio Pérez.
O segundo lugar de Hamilton, que ainda fez a melhor volta da corrida, permitiu ao britânico aproximar-se, ficando agora a 20 pontos do mexicano, quando ainda faltam três corridas para o final da temporada (Brasil, Las Vegas e Abu Dhabi).
O espanhol Carlos Sainz (Ferrari) foi o quarto classificado, à frente do britânico Lando Norris (McLaren), que partiu do 14.º posto no reatamento, baixou a 17.º e acabou a pouco mais de meio minuto do vencedor. Uma prestação que lhe valeu o prémio de piloto do dia.
O australiano Daniel Ricciardo (Alpha Tauri) pontuou pela primeira vez esta época, ao ser sétimo, a apenas 0,550 segundos do britânico George Russell (Mercedes).
Entre os construtores, a Red Bull, que também já é campeã, tem 731 pontos, contra os 371 da Mercedes e os 349 da Ferrari.
Segue-se o GP do Brasil, já no próximo fim de semana, que terá uma corrida sprint no sábado e a corrida principal no domingo.
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