O piloto português Sheridan Wesley Morais ficou hoje em terceiro lugar na estreia na prova de motos do 69.º Grande Prémio de Macau, marcado pelo regresso de pilotos estrangeiros.
Após partir do terceiro lugar da grelha de partida, o piloto de 37 anos, nascido na África do Sul e que vive no Algarve desde 2012, conseguiu logo numa das primeiras curvas saltar para a frente.
No entanto, após sentir problemas com a mota, Morais voltou a ser ultrapassado, durante a terceira volta, pelo finlandês Erno Juhani Kostamo, que acabou por vencer, oito segundos à frente do alemão David Mário Datzer.
Foi a primeira vez que um piloto português chegou ao pódio do Grande Prémio de Motos de Macau. O último português a vencer uma das principais provas na Guia foi António Félix da Costa, que conquistou o Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 em 2016.
O também português André Silva Pires, de 33 anos, na oitava participação no Grande Prémio de Macau, garantiu a melhor classificação de sempre, o sétimo lugar.
A holandesa Nadieh Jonee Schoots, a primeira mulher a competir no Grande Prémio de Motos de Macau, terminou na 12.ª posição no final das oito voltas ao circuito da Guia.
Ao contrário do que estava previsto, a prova de motos contou apenas com uma corrida.
A primeira corrida, marcada para sábado, foi cancelada a pedido dos pilotos, que consideravam a pista perigosa, devido à presença de manchas de óleo em vários pontos. Algo que levou ainda ao adiamento da segunda corrida para hoje.
Depois de um ano em que a prova só contou com pilotos provenientes da China, Hong Kong e Macau, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a edição de 2022 atraiu mais de 170 pilotos, incluindo 19 estrangeiros, sobretudo na prova de motos.
O evento, de quatro dias, integra sete corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, a Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, a Taça de Carros de Turismo de Macau, a Taça GT Grande Baía, Macau Roadsport Challenge e o Grande Prémio de Motos de Macau, que regressa ao Circuito da Guia para a sua 54.ª edição.
Disputado no icónico traçado citadino de 6,2 quilómetros, o Grande Prémio é o maior evento desportivo de Macau, sendo considerada uma das provas automobilísticas mais perigosas do mundo, uma vez que em alguns pontos o circuito não vai além dos sete metros de largura.
O público tem de usar máscara, manter o distanciamento social, medir a temperatura e apresentar um código de saúde de cor verde à entrada no recinto do Grande Prémio de Macau, numa altura em que a cidade voltou a registar novos casos de covid-19.
Macau fechou as fronteiras em março de 2020 e desde então que as pessoas que chegam ao território — com exceção da China continental — são obrigadas a cumprir quarentena em hotéis designados pelas autoridades, atualmente fixada em cinco dias.
A região administrativa especial chinesa registou seis mortes e quase 2.700 casos da doença, incluindo assintomáticos, em quase três anos.
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