Pedro Almeida (Skoda Fabia) lidera o Rali Vidreiro, da oitava e última etapa do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), beneficiando da penalização imposta aos pilotos da Hyundai, que atrasou o norte-irlandês Kris Meeke, líder do Nacional.
Meeke começou o rali a vencer na primeira especial de São Pedro de Moel, igualando o companheiro de equipa Ricardo Teodósio na segunda passagem pelo troço de 14,4 quilómetros, encerrando a jornada com o triunfo na superespecial noturna de Alcobaça.
Na estrada, Meeke conquistou 7,3 segundos de vantagem sobre Teodósio, que em 2023 arrebatou o seu terceiro título nacional, depois dos triunfos em 2019 e 2021, mas ambos foram penalizados em 1.15 minutos, por terem falhado um controlo de marcação de pneus na fase inicial do rali.
Almeida acabou por beneficiar deste castigo e termina a primeira jornada na liderança, com 10,1 segundos de vantagem sobre José Pedro Fontes (Citroën C3), segundo classificado, e 14,6 sobre Armindo Araújo (Skoda Fabia), terceiro e único piloto que pode aspirar a conquistar o cetro de campeão, que, no seu caso será o oitavo.
“Na segunda passagem pela classificativa de São Pedro de Moel não fomos felizes na escolha de pneus. Saímos com pneus secos e, poucos minutos antes de arrancarmos para a especial, a chuva apareceu em força. Perdemos algum tempo por causa disso, mas vamos tentar amanhã [no sábado] recuperar a diferença que nos separa da liderança do rali. O dia hoje não correu como esperávamos, mas ainda há muitos quilómetros pela frente”, afirmou o piloto de Santo Tirso.
Ernesto Cunha (Skoda Fabia) segue no quarto posto, a 36,3 segundos, à frente da dupla da Hyundai, com Meeke, que liderava folgadamente, a 48,3 e Teodósio, que era segundo, já a 1.00,00 minutos, nos quinto e sextos lugares, respetivamente.
Nas contas do campeonato, e face à impossibilidade de ‘coroar’ Meeke, Armindo Araújo, sete vezes campeão nacional (2003, 2004, 2005, 2006, 2018, 2020 e 2022), tem de conquistar ao britânico (em caso de empate, a vantagem pende para o piloto da Hyundai, que soma cinco triunfos contra dois do português). Para isso, no melhor dos cenários, tem de vencer e esperar que Meeke termine abaixo do segundo lugar (terceiro ou pior) e não pontuar na ‘power stage’ (os três mais rápidos recebem três, dois ou um ponto).
Se Armindo Araújo for segundo (20 pontos), só será campeão se Meeke ficar abaixo de sexto (10 pontos), ou se for segundo, vencer a ‘power stage’ e o norte-irlandês não for além do quinto lugar (12 pontos).
Ainda será campeão se vencer a corrida e a ‘power stage’ (28 pontos) e Meeke terminar em terceiro (17 pontos) ou abaixo e não pontuar na ‘power stage’.
Na pior das hipóteses, no caso de Meeke não pontuar, Araújo precisa de terminar pelo menos na oitava posição (somando seis pontos) e vencer a ‘power stage’ (três pontos) para arrecadar o seu oitavo título.
A decisão ficou marcada para sábado e para as últimas seis classificativas do Rali Vidreiro e da edição de 2024 do CPR, com 80,02 quilómetros cronometrados, nos troços de Mata Mourisca, Pombal e Alfeizerão.
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