O português Miguel Oliveira reconheceu hoje que o arranque para o Grande Prémio da Indonésia de MotoGP, do sétimo para o segundo lugar, foi decisivo para conquistar a sua quarta vitória no Mundial de motociclismo de velocidade.
“Sem essa boa partida, a corrida tinha sido diferente para mim, porque, atrás dos outros pilotos, não se via nada por causa da chuva ou por causa dos salpicos da água que estava na pista”, explicou Miguel Oliveira.
Após o atraso de uma hora e 15 minutos, Miguel Oliveira partiu, para as 20 corridas da corrida encurtada devido à chuva, do sétimo posto e somou o seu quarto triunfo na categoria, em 33.27,223 minutos, à frente dos franceses Fábio Quartararo (Yamaha), atual campeão do mundo, e Johann Zarco (Ducati), segundo e terceiro classificados, a 2,205 e 3,158 segundos, respetivamente.
“Era difícil perceber a aderência da pista, mas, depois de algumas voltas, percebi que podia dar mais, embora seja muito difícil correr nestas condições, porque, nos treinos, tens tempo e podes gerir os pneus. Felizmente, saí bem, acompanhei o Jack [Miller] e percebi que tinha de fazer”, acrescentou.
Após ter percebido os problemas com a água na pista do italiano Francesco Bagnaia (Ducati) e do espanhol Jorge Martin (Ducati), na primeira curva, Oliveira passou pela frente da corrida, até o australiano Jack Miller (Ducati) retomar a dianteira, com o português na expectativa: “Encontrei uma brecha e ultrapassei-o”.
No entanto, Miguel Oliveira admitiu que iria sentir dificuldades em segurar a liderança caso a prova fosse mais longa.
“Se houvesse mais sete voltas, não sei o que tinha acontecido. O Fábio [Quartararo] vinha muito forte, na perseguição, mas, por sorte, consegui voltar ao pódio e com uma vitória”, vincou o piloto da KTM.
Com este triunfo, e os primeiros 25 pontos conquistados em 2022, o piloto natural de Almada subiu ao quarto lugar da classificação de pilotos, a cinco do italiano Enea Bastianini (Ducati), que hoje não foi além do 11.º lugar. O sul-africano Brad Binder, companheiro de Oliveira na KTM, é segundo, com 28 pontos, e Quartararo segue no terceiro lugar, com 27.
“Só houve duas corridas, mas, evidentemente, queremos continuar com esta força nas próximas. Não queremos só boas classificações em duas ou três corridas. Queremos estar na frente constantemente e, para isso, temos de trabalhar muito, como é norma nesta categoria, na qual há tanta competitividade, como se viu na Q2. Estamos focados em ser rápidos e conseguir bons resultados nas corridas”, rematou.
A próxima etapa do Mundial de MotoGP está marcada para 03 de abril, com o Grande Prémio da Argentina, em Termas de Rio Hondo.
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