Após cinco anos de ausência, o Mundial de Fórmula 1 está de volta à China neste fim de semana e a Ferrari lidera as equipas que pretendem fazer frente à Red Bull e ao líder do campeonato, Max Verstappen.
A prova chinesa regressa após quatro temporadas de ausência devido à pandemia de covid-19. Nessa época, o britânico Lewis Hamilton tinha cinco títulos de campeão mundial de Fórmula 1 e dominava o campeonato com a Mercedes, enquanto que Verstappen somava apenas cinco vitórias em corridas na categoria.
Mas desde 2019 as coisas mudaram muito: Hamilton, que conquistou seu sétimo título mundial em 2020, vive um de seus piores inícios de temporada numa Mercedes que ainda não brilha, enquanto que Verstappen voa no asfalto há dois anos ao volante do seu Red Bull.
Favorito nesta quinta prova do ano, o neerlandês terá de ter atenção à Ferrari, a equipa melhor posicionada para ameaçar a sua liderança. O circuito de Xangai desgasta muito os pneus, diminuindo assim a aderência, e a 'Scuderia' tem provado ser a equipa que apresenta melhor desempenho neste tipo de asfalto.
Na Red Bull espera-se que a Ferrari "seja provavelmente o adversário mais complicado" neste fim de semana, como reconheceu Christian Horner, cuja posição como líder da equipa austríaca parece agora livre de ameaças.
Horner foi acusado e posteriormente absolvido de "comportamento inapropriado" com uma funcionária no início da temporada, caso que abalou a estabilidade da sua equipa.
Piloto chinês 'em casa'
'Mad Max' chega ao Grande Prémio da China como líder do campeonato (77 pontos), treze à frente do seu colega de equipa, o mexicano Sergio Pérez (64). Os dois Red Bull são seguidos pelos Ferraris do monegasco Charles Leclerc (59) e do espanhol Carlos Sainz Jr (55).
Durante uma nova dobradinha da escuderia austríaca no início de abril, em Suzuka (Japão), Sainz, terceiro, mostrou o potencial de seu SF-24 contra o todo-poderoso RB20.
"No papel, acho que é um circuito onde podemos ter um desempenho melhor do que em Suzuka. Mas a Red Bull ainda estará num nível acima neste fim de semana", explicou Leclerc, quarto classificado no GP do Japão.
Quatro são os pilotos que se vão estrear no Circuito Internacional de Xangai, incluindo o chinês Zhou Guanyu.
"Não poderia estar mais entusiasmado com a ideia de finalmente correr na minha terra natal", afirmou Guanyu, nascido precisamente em Xangai, que será o primeiro chinês na história a participar numa prova da Fórmula 1 corrida no seu país.
Primeira corrida sprint do ano
O Grande Prémio da China marca também o regresso da corrida sprint, a disputar no sábado, e que dá pontos adicionais no campeonato, mas que traz algumas alterações para esta temporada.
Este ano, após os treinos livres de sexta-feira, terá lugar a sessão de qualificação para a corrida sprint. Essa mesma corrida terá lugar no sábado, antecedendo a qualificação 'clássica' que determinará a grelha de partida do Grande Prémio de domingo.
Esta mudança de formato foi vista com bons olhos pelas equipas, que agora poderão trabalhar durante mais tempo nos carros sem serem penalizadas; contudo, o 'timing' desta primeira corrida sprint não agradou a todos. Os pilotos terão apenas uma hora de treinos livres para se ambientarem a esta pista ao volante dos respetivos carros, algo que os mesmos não consideram uma boa decisão.
"É muito inteligente fazer isso na China", disse Verstappen ironicamente no início de abril, após vencer o Grande Prémio do Japão.
Para Carlos Sainz Jr., o circuito de Xangai "oferece boas oportunidades de ultrapassagem" e ir "diretamente para a qualificação após uma hora de treinos livres não é uma boa decisão depois de cinco anos de ausência".
Programa do GP da China de Fórmula 1 (horário de Lisboa):
Sexta-feira:
04:30h-05:30h: treinos livres
08:30h-09:14h: sessão de classificação para a corrida sprint
Sábado:
04h-05h: corrida sprint (19 voltas de 5,451 km)
08h-09h: sessão de qualificação para o GP da China
Domingo:
08h: partida do Grande Prémio da China (56 voltas de 5,451 km, duas horas de corrida)
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