O piloto italiano Francesco Bagnaia (Ducati) recuperou hoje a liderança do Mundial de MotoGP, perdida na véspera, depois de vencer o Grande Prémio da Indonésia, 15.ª prova da temporada, em que Miguel Oliveira (Aprilia) foi 12.º classificado.
O piloto luso cortou a meta a 36,639 segundos do vencedor, com o espanhol Maverick Viñales (Aprilia) na segunda posição, a 0,306 segundos, e o francês Fabio Quartararo (Yamaha) em terceiro, a 0,433.
Miguel Oliveira arrancou do 12.º lugar, mas à terceira volta já era sexto classificado. O próprio Francesco Bagnaia, que partiu imediatamente atrás do português, era sexto na primeira volta e terceiro na terceira.
Quem também fez um arranque ‘canhão’ foi Jorge Martin (Ducati), que chegava a esta corrida principal do GP da Indonésia na liderança do campeonato, depois da vitória na corrida sprint da véspera: o espanhol arrancou do sexto lugar, mas saltou para a liderança logo na primeira curva.
Apesar de ter chegado à sexta posição, Miguel Oliveira acabou por estabilizar no sétimo posto, até que à sexta volta subiu a sexto, aproveitando uma penalização do sul-africano Brad Binder (KTM), considerado culpado de condução irresponsável por ter provocado a queda do italiano Luca Marini (Ducati) no início da prova.
Este seria um fator decisivo para a corrida do piloto português de 28 anos, porque, na 11.ª volta, os dois antigos companheiros de equipa encontravam-se a lutar pela oitava posição (Miguel Oliveira tinha sido, entretanto, ultrapassado pelo italiano Marco Bezzecchi, em Ducati).
Binder foi demasiado ambicioso e abalroou Oliveira, forçado a sair de pista e a perder nove posições, recuando até 17.º.
O sul-africano foi penalizado com nova volta longa, mas sem grandes consequências, pois conservou a nona posição que tinha quando embateu no português.
Uma volta depois, na 12.ª, o grande ‘golpe de teatro’ do campeonato: Jorge Martin, que seguia já com uma vantagem confortável, perdeu a frente da sua mota e acabou na gravilha. Se, nessa altura, tinha uma vantagem virtual de 16 pontos na frente do campeonato, a desistência abriu a porta à recuperação do campeão Francesco Bagnaia.
O italiano era, nessa altura, o terceiro, subindo a segundo com a queda de Martin. Motivado pelo regresso à liderança do campeonato perdida na véspera, atacou o espanhol Maverick Viñales, que seguia na frente da corrida, para somar o máximo de pontos.
Com o triunfo, o sexto da temporada, Bagnaia recuperou o comando do campeonato, com 18 pontos de vantagem sobre o madrileno.
Ao mesmo tempo, tornou-se no primeiro piloto a vencer uma prova disputada em piso seco saindo para lá das quatro primeiras linhas da grelha (partiu da quinta) desde que o compatriota Marco Melandri tinha conseguido idêntica proeza no GP da Turquia de 2006.
Este foi, também, o 500.º triunfo da Michelin em corridas do Campeonato do Mundo.
“Já merecíamos uma corrida destas. Quando vi o Martin a cair, tentei manter a calma e levar a mota até ao fim. Estou muito, muito feliz”, frisou.
Miguel Oliveira acabaria por recuperar até ao 12.º lugar final, mantendo o 13.º posto do campeonato, com 73 pontos.
A próxima ronda disputa-se dentro de uma semana, na Austrália.
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