Milos Raonic é um perigo. Quando o gigante canadiano se prepara para servir, os apanha-bolas têm de rezar a todos os santos para que os 'rockets' lançados pelo tenista de quase dois metros não lhes acerte.

Dono de um serviço poderoso, o tenista de 27 anos é um adversário difícil de bater, em parte devido ao seu jogo de serviço. Esta terça-feira em Wimbledon, Raonic disparou uma 'bomba' a 236.5km/h, frente a John Millman, num jogo que o apurou para a segunda roda. O serviço feito a quase 237 km por hora é um novo recorde no torneio inglês. Além do potente serviço, 'disparou' 34 ases, sendo que dois deles atingiram dois apanha-bolas no Court 2.

"Não me sinto bem quando isso acontece. Normalmente pela reação do apanha-bolas, consegues perceber como ele está, se está magoado, isto tipo de coisas. Um [dos serviços] bateu num rapaz. Penso que ele estava bem. Mas outro bateu numa rapariga, na zona do abdómen. Penso que ela soltou um pequeno grito de dor", disse o gigante canadiano, citado pela AFP.

Os apanha-bolas de Wimbledon, todos escolhidos nas escolas locais, já estão mais que avisados sobre o poderoso serviço de Raonic. Há cinco anos, uma rapariga que fazia de apanha-bolas foi atingida pelo esférico saído de um serviço de 205 km/h do tenista de 27 anos num jogo frente a Carlos Berlocq, tendo deixado o court a chorar.

Raonic admite que é difícil evitar este tipo de situações, principalmente na relva, o piso mais rápido do circuito de ténis.

"Toda a gente está sujeita a levar com uma bola. Pode ser um apanha-bolas, um juiz de linha, qualquer um", lembra o gigante.

Mas não é só Raonic que é um perigo em Wimbledon. Também o australiano Nick Kyrgios 'disparou' um serviço a 218 km/h esta terça-feira na vitória sobre Denis Istomin. Também ele acabou por, acidentalmente, atingir um dos apanha-bolas no braço, depois de um serviço potente.

"Foi duro. Ao início, quando ouvi o som, pensei que a bola tinha batido no placar. Depois apercebi-me que tinha atingido o braço [do apanha-bolas]. Foi difícil [de ver]. Ela começou a chorar, mas depois aguentou como uma campeã. Eu teria chorado, de certeza", atirou.

Cerca de 250 apanha-bolas, com idade até 15 anos, trabalham no torneio de Wimbledon.

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