Nuno Borges e Tiago Cação vão estrear-se na final do Campeonato Nacional Absoluto de ténis, que se disputa no domingo, após a vitória diante de João Monteiro e da desistência de Frederico Silva, respetivamente.
Na primeira meia-final do torneio dotado de 20 mil euros em prémios monetários, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis e disputado no complexo desportivo do Monte Aventino (Porto), Nuno Borges precisou de duas horas e 34 minutos para se impor a João Monteiro em três ‘sets’, pelos parciais de 4-6, 6-3 e 6-4.
“Tentei manter-me resiliente do princípio ao fim. Mesmo no segundo ‘set’ estava bastante frustrado e ele estava a servir bastante bem, mas tentei manter a postura, ser positivo e, a certa altura, senti que ele fraquejou, em termos físicos, e eu senti-me mais disponível que ele. Tentei tirar proveito disso, jogando com mais intensidade, um jogo mais físico, com pontos mais longos e depois lá consegui dar a volta”, explicou o tenista da Maia.
Tiago Cação, por sua vez, após vencer a primeira partida, por 6-3, beneficiou da desistência do primeiro cabeça de série, Frederico Silva, a contas com uma lesão na anca esquerda, quando o marcador assinalava 1-1 no segundo ‘set’, para assegurar a qualificação inédita para a final.
“Já sabia que o Frederico estava com alguns problemas físicos, mas entrei para este encontro a querer tomar conta do ponto. Essa era a minha tática e consegui executá-la. Senti o Frederico um bocado perdido nos pontos, se calhar devido ao ritmo que eu estava a impor e por não estar bem fisicamente, mas estou muito contente pelo ténis que exibi”, frisou Cação, de 22 anos.
Na competição feminina, o título será discutido por Inês Murta, que regressa à final do Campeonato Nacional Absoluto cinco anos depois da derrota no derradeiro encontro em 2014 e 2015 no CIF, em Lisboa, e Francisca Jorge, tricampeã nacional.
Para assegurar a qualificação, a algarvia Inês Murta, vencedora do segundo e terceiro torneios do Circuito Sénior da FPT, em Lisboa e Figueira da Foz, ultrapassou Maria Inês Fonte em dois ‘sets’, por 6-2 e 6-0.
“Acho que ela entrou bastante bem e eu tentei entrar ativa, mas se calhar não tanto como queria e a minha bola não estava a picar tanto. Ao longo do primeiro ‘set’, consegui pôr a bola a andar mais, ser um bocadinho mais agressiva e acho que isso fez a diferença”, detalhou.
Mais do que a qualificação para a final, a quarta consecutiva que vai disputar com Francisca Jorge, Inês Murta considera mais importante a atitude e experiência que tem acumulado ao longo dos últimos torneios.
“Sinto-me orgulhosa pela maneira como me estou a comportar dentro do campo e estou a assumir o jogo. Tenisticamente, tenho mais objetivos internacionais do que nacionais e estar na final do Campeonato Nacional não me diz muito, diz-me mais estar a lidar bem com os nervos, o mediatismo e, nisso, sinto-me orgulhosa”, acrescentou.
Já Francisca Jorge derrotou Ana Filipa Santos, de 24 anos, em duas partidas, pelos parciais de 6-4 e 6-1, para tentar lutar pelo quarto título consecutivo de campeã nacional, após os triunfos em 2017, 2018 e 2019.
“Acho que joguei bem do princípio ao fim. Ela também começou bem, mais sólida e bastante agressiva e eu não estava à espera que jogasse tão bem, porque já vamos em quatro semanas consecutivas a jogar. Mas consegui preparar-me a tempo para lutar pelo encontro e não ficar stressada com o que pudesse acontecer. E acho que isso foi bastante positivo, porque consegui ser superior e, no segundo ‘set’, estive mais solta e fiz melhores pontos”, justificou.
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