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O tenista português continua à procura do seu ritmo depois de um longo período de afastamento.
O tenista português Frederico Gil, vice-campeão de 2010, lamentou hoje a derrota na segunda ronda da fase de qualificação do 25.ª Portugal Open, confessando ainda não ter encontrado a estabilidade necessária no seu jogo para ir mais adiante.
“Foi uma fase muito complicada. Estou a recuperar, mas isso leva tempo”, reconheceu Gil, referindo-se ao período em que esteve afastado do topo do ténis devido a uma alegada bipolaridade, um diagnóstico posteriormente retificado.
Perante um Centralito praticamente esgotado, o vice-campeão de 2010 falhou esta manhã o acesso à terceira e última ronda do qualifying do Portugal Open, ao perder por 6-1, 3-6 7-6 (7-4) com o moldavo Radu Albot, atual 176.º do ranking ATP.
Depois de um primeiro “set” em que se mostrou algo apático e incapaz de contrariar a maior solidez demonstrada por Albot, o tenista sintrense regressou mais forte no segundo parcial e conseguiu quebrar pela primeira vez o serviço do adversário para se adiantar para 3-1.
Daí em diante, o ex-número um nacional e atual 936.º tenista mundial manteve sempre a concentração, salvando todos os cinco “break-points” que enfrentou.
No terceiro parcial, Gil voltou a entrar mais a frio e viu-se rapidamente em desvantagem por 2-5. Quando tudo parecia encaminhado para o tenista moldavo, o português encetou uma recuperação e conseguiu empatar a cinco jogos depois de salvar um match-point.
No entanto, o esforço acabaria por não ser recompensado num tie-break em que Albot se mostrou mais calmo nos momentos decisivos.
Gil, finalista da prova portuguesa em 2010, é assim eliminado na segunda ronda da fase de qualificação pelo segundo ano consecutivo, depois de no ano passado ter sido surpreendido pelo compatriota João Domingues.
“O meu jogo ainda não está muito estável. Às vezes, os adversários não jogam tanto como eu, mas são mais consistentes. Queria ter-me apurado, ter jogado melhor aqui”, garantiu em conferência de imprensa.
“Fred” agradeceu ainda o forte apoio do público – “Gosto muito deles e de vocês [jornalistas] também -, realçando os momentos espetaculares que viveu hoje, nos quais parecia que as pessoas estavam a sentir o que estava a passar.
“Saio com a consciência que fiz o meu melhor, que esta semana é isto”, concluiu o tenista que está a escrever dois livros, “O sonho comanda a vida” e “Terapia de um Ferrari”.
Os quadros principais da 25.ª edição do Portugal Open arrancam na segunda-feira, com as qualificações a decorrerem entre sábado e segunda-feira, nos “courts” de terra batida do complexo do Jamor, em Oeiras.
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