O austríaco Dominic Thiem destacou, esta segunda-feira, a importância do amigo João Sousa no ténis português, esperando que o vimaranense possa ter agora tempo para lhe pagar um jantar em Viena.
Após derrotar o alemão Maximilian Marterer, 97.º da hierarquia, na primeira ronda do Estoril Open, Thiem falou da “relação especial” com João Sousa, que vai terminar a carreira no único torneio português do circuito ATP.
“Joguei o meu primeiro encontro do Grand Slam contra o João [Open da Austrália em 2014]. O meu segundo torneio ATP ganhei-o contra ele [Umag em 2015]. Mas depois tornámo-nos bons amigos”, referiu o 91.º jogador mundial.
Thiem, que na passada edição do Estoril Open jogou pares ao lado do vimaranense, disse que “é incrível o que João Sousa fez para o ténis português”, acreditando que o amigo levou o “desporto para outro nível no país”.
O austríaco lembrou ainda um jantar que João Sousa, que assistiu a parte do seu encontro de estreia no Estoril Open, tal como Gastão Elias, lhe pagou em Lisboa e que agora quer retribuir.
“Convidou-me para um grande jantar aqui em Lisboa, ainda tenho de fazer uma ‘vingança’ em Viena. Espero que tenha mais tempo após este torneio”, referiu.
Thiem adiantou ainda que talvez possa assistir à estreia de João Sousa, na terça-feira, contra o francês Arthur Fils, quinto cabeça de série.
“De certeza que vai estar um grande ambiente. Muitas pessoas vão criar um excelente ambiente”, afirmou.
O melhor tenista português de sempre no ranking mundial e único a conquistar títulos de singulares no circuito ATP completou 35 anos no sábado, mas os vários problemas físicos que enfrentou nos últimos anos precipitaram o final da carreira do vimaranense.
João Sousa tornou-se profissional em 2007 e, ao longo de 17 temporadas no circuito mundial de ténis, conquistou quatro títulos ATP: Kuala Lumpur, em 2013, Valência, em 2015, Estoril Open, em 2018, e Pune, em 2022.
O vimaranense ostenta vários recordes nacionais no currículo, entre os quais a melhor classificação de sempre de um luso no ranking ATP (28.º), o maior número de internacionalizações na Taça Davis (32) e também o estatuto de único português a ter disputado os quadros de singulares de duas edições de Jogos Olímpicos (Rio2016 e Tóquio2020).
O antigo número um nacional e único tenista luso a conquistar o título de singulares do Estoril Open passou oito anos ininterruptos no top 100 mundial (até março de 2021), mas viu o seu sólido percurso perturbado por uma grave lesão no pé esquerdo no final de 2019.
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