O português Nuno Borges mostrou-se hoje feliz com a sua prestação no Estoril Open, no qual chegou a uns inéditos quartos de final, e com a evolução que mostrou no Clube de Ténis do Estoril.

Apesar da derrota com o chileno Cristian Garín, 112.º do mundo, por 6-2 e 7-6 (7-3), nos quartos de final, Nuno Borges, 62.º, disse que saiu do Estoril Open “com boas sensações”, num torneio em que “é sempre muito desgastante jogar”, porque vive “sempre com muita emoção”.

“Acho que uns quartos de final inéditos aqui foi muito bom para mim, mesmo para o ranking foi bom. Foi um torneio muito bem conseguido, gostava de ter ido mais longe, até porque um jogo destes ser influenciado daquela maneira é triste, ainda por cima no maior torneio em Portugal. Fica ali um sabor estranho, mas estou satisfeito com o nível que apresentei e com a evolução que tenho vindo a ter”, referiu.

Atualmente no 18.º lugar da ATP Race, que junta os melhores tenistas do ano, Borges disse que a temporada lhe tem “corrido muito bem”, mas que “esse número pode enganar um bocadinho”.

“Não creio que esteja a 18 do mundo, até porque o torneio da Maia no final do ano passado ainda está a contar a meu favor. Não estaria mal de qualquer das maneiras, mas estou focado no próximo torneio. Estou muito contente com esse número, significa algo, mas estou ciente que não é tão à frente que estou, mas sinto que estou no caminho certo, para um dia sentir que mereço estar nesse número”, afirmou.

Assegurando que estava a 100% fisicamente no único torneio ATP português – “o corpo recupera bem, às vezes a cabeça demora mais” –, o maiato assumiu que “o coração acabou por entrar um pouco tarde” e que os dois jogos encontros anteriores “também pesaram”.

“Ontem [quinta-feira], tinha tido uma vitória muito emocionante [frente ao italiano Lorenzo Musetti], tentar abstrair-me disso é difícil, porque fiz um grande jogo. Havia uma expectativa maior, uma pressão maior. Hoje, se calhar, não consegui entrar da melhor maneira. Foi um segundo set pesadíssimo a nível emocional e físico, que por detalhes não caiu para o meu lado, mesmo assim estou satisfeito com o torneio”, referiu.

Embora diga que sai “com uma sensação menos boa, porque queria muito ganhar”, o número um português considera que fez “um bom torneio” e que está “no caminho certo”, mesmo “tendo de trabalhar ainda muito mais”.