A portuguesa Marta Paço sagrou-se hoje campeã mundial de surf adaptado na classe VI1, para atletas com deficiência visual, no último dia do campeonato em Pismo Beach, no estado norte-americano da Califórnia.
Paço, de 16 anos, surfou para um total de 16,33 pontos, resultantes das suas melhores ondas do dia (8,50 e 7,83), deixando a espanhola Carmen Lopez no segundo lugar, com 7,53, e a norte-americana Barbie Pacheco no terceiro, com 2,77.
A portuguesa, de resto, dominou a competição ante as duas adversárias, conseguindo as quatro melhores ondas da final. Isto é, mesmo sem as duas melhores ‘waves’, que lhe valeram o ouro, seria campeã mundial na mesma.
A adolescente natural de Viana do Castelo, atleta do Surf Clube de Viana, tinha conseguido uma medalha de bronze na estreia em Mundiais, em 2018, sagrou-se campeã europeia no ano seguinte e agora arrebatou o título de campeã mundial na sua classe.
No último dia do ISA World Parasurfing Championship, em Pismo Beach, no estado norte-americano da Califórnia, Camilo Abdula compete ainda na final de Stand 1, procurando nova medalha para Portugal.
Na sexta-feira, Nuno Vitorino foi eliminado nos quartos de final da classe prone 2, anunciando o final da carreira, com “uma sensação de dever cumprido”.
Vitorino, pioneiro do surf adaptado em Portugal, acabou por se resignar com o desaire, numa carreira em que se destaca a sua presença enquanto atleta paralímpico nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004 como nadador e ser fundador da Associação Portuguesa de Surf Adaptado.
O surf estreou-se este no programa dos Jogos Olímpicos, em Tóquio2020, mas não figura ainda no programa paralímpico.
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