O piloto estónio Ott Tanak (Toyota) confessou hoje que o triunfo nesta edição do Rali de Portugal, que hoje terminou, foi a sua "vitoria mais difícil"
"Já tive muitas provas duras, mas ganhar este rali foi muito complicado. Foi a minha vitória mais difícil no WRC", disse o estónio na conferência de imprensa final de uma prova, onde confessou ter sentido diferentes emoções.
"No primeiro dia [sexta-feira], tudo parecia promissor, tivemos uma grande performance, tendo em conta a posição em que partimos [segundo carro a sair para a estrada]. Mas no sábado surgiu um problema com os travões e foi muito complicado. Felizmente conseguimos chegar à assistência ainda na liderança do rali. Hoje, foi tudo muito mais tranquilo e conseguimos manter a luta pela primeira posição", recordou Tanak.
O piloto da Estónia confessou que, desde o reconhecimento que fez à prova, perspetivou dificuldades acrescidas, nomeadamente nos troços do centro do país, mas garantiu que a forma como o seu Yaris foi preparado lhe transmitiu "confiança num bom resultado".
"No reconhecimento do rali esperávamos muitas dificuldades para o primeiro dia. O terreno estava muito solto, e ao sair logo em segundo para a estrada sabia que ia ser duro. Mas forçámos o andamento e tive boa confiança no carro, nunca quis mudar nada", garantiu.
Tanak admitiu que na última especial do Rali, em Fafe, tirou o pé do acelerador, para que Sebastien Ogier (Citroen) pudesse vencer a tirada e somar pontos para continuar na liderança do campeonato, ‘abrindo a estrada' na próxima prova, em Itália.
"O plano era ser conseguir esses pontos, mas, infelizmente, o Kris [Meek] cometeu um erro, e o Ogier subiu ao pódio. Nessa situação, sabia que se fosse um pouco mais lento, ele iria ‘abrir a estrada' no próximo rali [Sardenha]. Perdi alguns pontos, mas não fez mal", reconheceu o vencedor deste Rali de Portugal.
Satisfeito com a prestação de Ott Tanak mostrou-se Kaj Lindstron, diretor desportivo da Toyota, mesmo reconhecendo, em tom bem-disposto, que o estónio quase lhe provocava "um ataque cardíaco".
"Aconteceram demasiadas coisas este fim de semana para explicar tudo. Ficámos muito tristes com os problemas que aconteceram com o Jari-Matti [Latvala] e com o Kris [Meeke], e o Ott [Tanak] ainda tentou provocar-me um ataque cardíaco quando, no sábado, parou na estrada. Mas, no final, estou contente por ganhar o rali, embora desapontado com que aconteceu com o Jari e o Kris", disse o dirigente.
Kaj Lindstrom confessou que o andamento de Tanak logo no primeiro dia "foi surpreendente".
"Disse-lhe no final do primeiro dia que estávamos impressionados com ele. Vendo os tempos que conseguiu ao sair para estrada na segunda posição, fiquei surpreendido. Foi o Tanak que conhecemos", afirmou o diretor desportivo da Toyota.
Além do primeiro lugar do estónio, o pódio final deste Rali de Portugal ficou completo com o segundo posto de Thierry Neuville (Hyundai i20 WRC) e com o terceiro lugar de Sebatien Ogier (Citroen C3 WRC).
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