A 40.ª edição do Rali Dakar em todo-o-terreno arranca este sábado, com partida em Lima, Peru, e termina em 20 de janeiro, em Córdoba, na Argentina.
A prova arranca no Peru, com cinco dos sete dias nas dunas reservadas para as passagens por Lima, Pisco, San Juan de Marcona e Arequipa, com as dificuldades a começarem logo nos primeiros dias antes da entrada na Bolívia, que antecede as seis tiradas finais em solo argentino. Ao todo, motos e ‘quads’ atravessam um total de 8.276 quilómetros, 4.234 deles cronometrados, com os carros a atravessarem 4.329 de especiais e 8.793 no total, pouco mais que os camiões (8.710).
Os pilotos têm vindo a fazer as últimas afinações antes do arranque oficial da prova. Portugal volta a estar representado na prova de ralis mais mediática do mundo, com 10 pilotos mas com menos ambições que em anos anteriores.
É principalmente na competição de motos que Portugal tem conseguido brilhar, mas esta edição não está a começar da melhor maneira, contando-se já a ausência de Mário Patrão (KTM), que foi operado de urgência a uma apendicite,e de Paulo Gonçalves (Honda) que não recuperou.
Nos carros, realce para o experiente Carlos Sousa (Renault), para o ‘estreante’ André Villas-Boas (Toyota), que vai contar com o piloto de motos Rúben Faria como seu navegador, e para Filipe Palmeiro, que será o navegador do chileno Boris Garafulic (Mini).
Pedro Mello Breyner (Yamaha), acompanhado pelo também português Pedro Velosa, estreia a participação lusa nos ‘buggys’, sendo que 13 pilotos vão procurar se evidenciar na mais recente classificação do Dakar, a classificação SSV.
O ‘senhor Dakar’, o francês Stéphane Peterhansel, parte num carro Peugeot, marca que anunciou que no final desta edição abandona a prova, partindo o gaulês, campeão em título, em busca da sua 14.ª conquista, entre motos e automóveis.
O catari Nasser Al-Attiyah (Toyota), os espanhóis Nani Roma (Mini) e Carlos Sainz (Peugeot), antigos campeões, e os também franceses Sebástien Loeb (Peugeot), nove vezes campeão do mundo de ralis, e Cyril Després, cinco vezes campeão do Dakar nas motos, são os principais candidatos na luta pela sucessão a Peterhansel.
Loeb já disse que esta será “a última oportunidade para vencer”, enquanto Sainz mostrou o desejo de “vencer na última corrida com a Peugeot”, pelo que a vida de Peterhansel, campeão seis vezes em motos e sete nos carros, as duas últimas em 2016 e 2017, não será fácil.
Em duas rodas, o britânico Sam Sunderland (KTM), vencedor em 2017, volta a ser um nome a ter em conta, além do austríaco Matthias Walkner (KTM) e de Paulo Gonçalves (Honda), ainda que o luso chegue ao Peru afetado pela lesão no ombro.
O espanhol Joan Barreda (Honda) é outro dos rivais dos pilotos da KTM, ao lado do francês Adrien Van Beveren (Yamaha) e do chileno Pablo Quintanilla (Husqvarna), outros nomes apontados à disputa pelos primeiros lugares.
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