A quarta prova do mundial de motonáutica em Fórmula 2, que se disputa em 14 e 15 de setembro, em Baião, pode decidir o campeão, com o português Duarte Benavente ainda com possibilidade de chegar ao título.
Após três provas, o piloto português ocupa o terceiro lugar do campeonato, a 22 pontos do primeiro, quando faltam disputar a prova portuguesa e a derradeira etapa, em Abu Dhabi.
Na apresentação da prova portuguesa, que hoje se realizou numa unidade hoteleira em Baião, defronte para a albufeira da Pala, no rio Douro, onde vão evoluir as embarcações de Fórmula 2, Duarte Benavente prometeu "lutar com muita determinação para elevar as cores de Portugal" e para se manter na luta, enquanto for matematicamente possível chegar ao título.
Benavente ganhou a prova portuguesa em 2017 e foi segundo em 2019.
Este ano, disse à agência Lusa, vai utilizar a mesma embarcação, com cerca de 230 cavalos, mas com alguns melhoramentos ao nível das hélices em relação a 2018.
A prova de Baião integra pelo quarto ano consecutivo o mundial da especialidade, repetindo a aposta numa pista de 1.800 metros desenhada no rio Douro, com a complexa logística do mundial de F2 montada na margem direita.
Este ano, os espetadores vão contar com mais condições para ver a totalidade da pista graças às obras realizadas pela câmara na zona ribeirinha.
O presidente do Clube Náutico de Ribadouro, que organiza a prova, destacou o "grande desafio" que é erguer uma "competição de nível mundial com uma logística muito complexa". Mário Sousa lembrou que a competição acontece em Baião "graças à teimosia" do presidente da câmara, Paulo Pereira.
O autarca agradeceu o esforço da organização da prova, mas lamentou a dificuldade que o município tem encontrado, ano após ano, para reunir os apoios financeiros necessários, nomeadamente das entidades nacionais, apesar da promoção internacional de Portugal e da região do Douro que o evento proporciona.
Luís Pedro Martins, do Turismo do Porto e Norte de Portugal, reafirmou o apoio daquele organismo à organização do evento, recordando o seu impacto mediático, à escala internacional, nomeadamente na atração de público e na promoção da região.
O presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica disse esperar este ano uma maior adesão de público, consolidando o sucesso dos anos anteriores. No ano passado, segudo a organização, terão estado em Baião cerca de 15.000 espetadores.
O dirigente previu, também, que a prova pode voltar a ser, em termos organizativos, uma das duas melhores do mundial de motonáutica na especialidade de Fórmula 2.
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