
O tenista sérvio Novak Djokovic anunciou hoje o fim da colaboração com o britânico Andy Murray, menos seis meses depois de ter anunciado a entrada do antigo rival como elemento da sua equipa técnica.
“Obrigado treinador Andy pelo trabalho duro, diversão e apoio nos últimos seis meses dentro e fora do campo. Gostei de aprofundar a nossa amizade”, afirmou o atual sexto tenista do ranking ATP, numa publicação nas redes sociais.
A parceria entre os dois antigos líderes do ranking mundial não foi profícua para ‘Nole’, que falhou o grande objetivo do início da temporada, que era vencer o seu 25.º torneio do Grand Slam, caindo nas meias-finais do Open da Austrália.
Além dessa eliminação, Djokovic apenas chegou uma vez a uma final em 2025, no Masters 1.000 de Miami, que perdeu para o checo Jakub Mensik, sendo afastado na estreia em quatro dos sete torneios em que participou.
Em 23 de novembro de 2024, o sérvio anunciou que ia ser treinado por Andy Murray, que terminou a carreira depois dos Jogos Olímpicos Paris2024, mostrando-se, na altura, “entusiasmado” por poder contar com um rival de mais de duas décadas na sua equipa.
O atual número seis do ranking mundial, que em 2024 conquistou ‘apenas’ o ouro olímpico em Paris2024, derrotou o escocês por quatro vezes na final do Open da Austrália, onde é o recordista de títulos, com 10.
Ao mesmo tempo, num vídeo publicado nas redes sociais, com a sugestiva legenda ‘Na verdade, ele nunca gostou da reforma’ (uma alusão ao ‘tweet’ publicado pelo britânico após a sua retirada, no qual se lia ‘Na verdade, nunca gostei de ténis’), o tenista de 37 anos recordou a caminhada dos dois como rivais.
“Defrontámo-nos desde que éramos miúdos. Foram 25 anos como adversários, em que nos levámos além dos nossos limites. Protagonizámos algumas das batalhas mais épicas da nossa modalidade”, lembra na sonorização de um vídeo que percorre alguns dos momentos mais emblemáticos da sua rivalidade com o britânico.
Andy Murray encerrou a sua carreira como tenista profissional em 01 de agosto, ao perder, ao lado de Dan Evans, nos quartos de final do torneio olímpico de pares de Paris2024.
Único bicampeão olímpico de singulares, Murray tornou-se, em 2013, no primeiro britânico em 77 anos a conquistar o título em Wimbledon, naquele que foi o seu segundo ‘major’, depois da vitória no Open dos Estados Unidos em 2012, ambos precisamente frente a Djokovic.
O escocês, que repetiria o triunfo no All England Club, em 2016, enfrentou vários problemas físicos desde 2017 e, em 2019, colocou mesmo uma prótese na anca, devido a uma lesão crónica.
O sérvio e o britânico são membros do denominado ‘Big 4’ do ténis, juntamente com Roger Federer e Rafael Nadal, que se retirou esta semana.
Djokovic e Murray defrontaram-se 36 vezes, com o único dos quatro lendários jogadores ainda no ativo a vencer o escocês também na final de Roland Garros em 2016.
*artigo atualizado às 11h15 com Lusa
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