O piloto português Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) admitiu que a quarta etapa do rali Dakar de todo-o-terreno, que terminou na sexta posição das motas, foi "muito difícil" pelas lembranças "do trágico acidente do ano passado", que vitimou Paulo Gonçalves.
"Hoje foi uma etapa muito dura para mim pois foi neste local que o trágico acidente aconteceu no ano passado. Trouxe-me de volta memórias dolorosas e nem consegui dormir toda a noite", começou por explicar o piloto de Barcelos.
Apesar das lembranças, Quim Rodrigues Jr. conseguiu hoje o melhor resultado até ao momento na prova, ao terminar na sexta posição, a apenas 7.21 minutos do vencedor, o espanhol Joan Barreda (Honda).
"Tive um início um pouco nervoso, mas depois comecei a rodar, fui entrando no ritmo e a minha navegação foi perfeita. Acredito que era o Paulo a navegar por mim e fiquei contente por sentir isso", explicou o barcelense.
Joaquim Rodrigues Jr. deixou, ainda, votos de "rápidas melhoras" ao "irmão" Santosh, o companheiro de equipa indiano que hoje sofreu uma violenta queda ao quilómetro 135 da especial e que está em coma induzido num hospital local.
Já Sebastian Bühler, o luso-germânico da Hero, revelou ter perdido "algum tempo a dez quilómetros do fim, à procura de um controlo de passagem".
O dia ficou, ainda, marcado pela avaria da mota de Alexandre Azinhais (KTM), que foi forçado a desistir com o motor partido.
"E é assim... Motor partido, estou fora da classificação. Vamos mudar o motor da mota e vou continuar na classe Adventure. Aproveito para conhecer, treinar e dar ajuda, se necessário, ao resto da equipa", disse o piloto luso-francês, através das suas redes sociais.
Já Rui Gonçalves (Sherco) teve um dia difícil, com "muitos erros de navegação".
"Foi um dia muito difícil para mim, com muitos erros de navegação, que me custaram muito tempo. De qualquer forma, chegámos inteiros ao acampamento. Amanhã é outro dia e vou tentar evitar erros", frisou o piloto de Vidago, que foi 44.º do dia, a 43 minutos do vencedor.
A quinta etapa, entre Riade e Al Qaisumah, disputa-se esta quinta-feira, com um total de 662 quilómetros, 456 deles cronometrados, com uma secção de dunas e muitas pedras a ameaçar furar os pneus e baralhar as contas da classificação.
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