O rali de Portugal vai voltar ao Porto em 2018 para uma classificativa citadina com alterações ao traçado de 2016 e um investimento municipal que volta a rondar os 500 mil euros, revelou hoje à Lusa a autarquia.
“O traçado ainda está a ser estudado com o Automóvel Clube de Portugal (ACP), mas haverá alterações. O envolvimento da Câmara do Porto será semelhante ao de 2016, devendo rondar os 500 mil euros, entre pagamentos de ‘fee’ [taxas] e custos logísticos de organização”, descreve a autarquia numa resposta enviada à Lusa, na qual explica que receberá o “retorno direto da bilheteira” e um “retorno extraordinário” devido à transmissão televisiva para “mais de 100 países”.
No seu portal de notícias, a câmara revela que este ano “a zona da Trindade será libertada” do evento para “facilitar as acessibilidades” e que “a zona dos Clérigos será pela primeira vez usada como cenário” da classificativa que, segundo a empresa municipal Porto Lazer, chega ao Porto “a 18 de maio, com duas passagens ao fim da tarde”.
“O centro do Porto vai voltar a receber os melhores pilotos do Campeonato do Mundo de Ralis no dia 18 de maio. Tal como em 2016, a Porto Street Stage vai integrar o programa oficial da 52.ª edição do Rali de Portugal, com duas passagens ao final da tarde de sexta-feira, com início às 19:03 e 19:28”, descreve a empresa municipal no seu site.
A Porto Lazer acrescenta que este ano o Rali de Portugal “constituirá a sexta prova do calendário do Mundial de Ralis, disputando-se uma vez mais na zona Norte do país, entre os dias 17 a 20 de maio”.
Questionado pela Lusa sobre mais detalhes do novo traçado da prova, o gabinete de comunicação da Câmara do Porto vincou que o mesmo “ainda está a ser estudado com o ACP”.
A Lusa perguntou também qual o envolvimento financeiro na organização do evento, tendo o gabinete respondido que “será semelhante ao de 2016, devendo rondar os 500 mil euros, entre pagamentos de ‘fee’ e custos logísticos de organização”.
A autarquia destaca que a competição realizada na cidade “terá um retorno direto de bilheteira que reverte para a Câmara”.
De acordo com a Porto Lazer, em 2016 assistiram à Street Stage do Porto, que se centrou na Avenida dos Aliados, junto à Câmara do Porto, “mais de 80 mil espetadores”.
O gabinete de comunicação da câmara acrescenta que a prova será transmitida “para mais de 100 países, através de transmissão internacional, representando um retorno extraordinário”.
No seu portal de notícias, a autarquia diz mesmo que o Rali de Portugal representa “um binómio investimento/retorno dos mais atraentes”, notando que “em 2017, mesmo sem a Street Stage do Porto, resultou num retorno de 137 milhões de euros para o país”.
De acordo com a Porto Lazer, “em 2018 haverá algumas novidades no percurso, que chegará também à zona dos Clérigos, permitindo assim ampliar as zonas de público e melhorar ainda mais a mobilidade na cidade”.
“Em 2016, na primeira vez que o Campeonato do Mundo de Ralis entrou na cidade de forma competitiva, o trabalho extraordinário da organização permitiu que as avenidas dos Aliados e D. Afonso Henriques, onde maioritariamente decorreu a competição, estivessem interrompidas ao trânsito apenas no dia da prova”, acrescenta a empresa.
O presidente do ACP, Carlos Barbosa, revelou na quarta-feira que o Rali de Portugal 2018 vai passar pelo Porto, cidade onde vai regressar a “Porto Street Stage” e vai ser “ainda maior do que no ano passado, porque alargámos, sobretudo, as zonas do público e de mais fácil acesso aos espetadores”.
Barbosa falava aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração da Feira Internacional de Turismo de Madrid (Fitur).
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