O meldonium, substância que passou a ser proibida pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) em janeiro de 2016, é, em parte, responsável pela subida de 26,6% de controlos antidoping positivos, indicou hoje o organismo regulador.
No relatório anual referente a 2016, a AMA observou um “forte aumento do número de resultados de análise anormais” (RAA), nos quais foi detetada a presença de substâncias proibidas, que passaram de 3.809, em 2015, para 4.822 no ano passado.
“O número mais elevado de RAA está, em parte, relacionado com casos em que foi detetada a presença de meldonium – incluído pela primeira vez na lista de substâncias proibidas em 2016”, assinalou a AMA.
De acordo com o relatório, foram realizados 2.928 controlos em Portugal, tendo-se registado 42 casos positivos (1,4%), o maior número dos quais no ciclismo, com nove detetados, seguido do kickboxing, com sete, e do futebol, bridge e muay thai, todos com quatro.
O organismo notou que, apesar de ter tido um aumento superior a um quarto, o número de amostras positivas representa apenas 1,60% do total dos controlos realizados (contra 1,26% em 2015), os quais sofreram uma redução de 303.369 em 2015 para 300.565 no ano passado.
Com um total de 33.227 controlos, o futebol foi a modalidade mais escrutinada pela AMA, seguido do atletismo (31.433) e do ciclismo (23.132), com percentagens de resultados positivos de 0,5% (168), 1,2% (373) e 1,1% (252), respetivamente.
Entre as modalidades olímpicas, as que apresentaram percentagens mais elevadas de controlos antidoping positivos foram a luta livre, com 2,7% do total, o boxe, com 2%, e o halterofilismo, com 1,9%.
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