Conheça Márcio e Valdo das Neves, dois irmãos naturais de Marinhais, no distrito de Santarém. Estes não são os ‘manos’ normais que vemos por aí, eles são 'super-irmãos': eles correm, nadam e pedalam em algumas das provas mais exigentes do triatlo, sendo que subir ao pódio já é comum para os dois.
Com profissões ligadas às forças de segurança – Márcio é militar no Exército e Valdo agente da PSP – os dois dividem uma paixão pela modalidade, mas não se ficam pela variante mais ‘fácil’ (se é que existe algo do género numa modalidade composta por três modalidades) do triatlo. Estes dois atletas são ‘ironmen’ e fazem disto a sua vida, somando já títulos em competições internacionais, com Márcio a sagrar-se campeão do mundo de Ironman no Havai, em 2012, no escalão 25/29 anos e Campeão da Europa na distância olímpica (escalão 30-34) em 2016, em Lisboa.
Falámos com os dois, via chamada, para perceber, afinal de contas, como é que o triatlo surgiu nas suas vidas há já 14 anos. Encontramos os dois juntos e bem dispostos, e se olharmos de repente até achamos que se tratam de gémeos, mas não, existem cinco anos que os separam.
Depois de uns problemas técnicos, que aparecem sempre nestas alturas, começamos por falar da forma como tudo começou, como a preparação para a entrada nas escolas dos respetivos ramos das forças de segurança e o fenómeno Vanessa Fernandes foram fulcrais para uma paixão que começou primeiro com Márcio.
“Antes começámos, como qualquer miúdo aqui da zona, nas camadas de futebol da terra. Mas a preparação para entrar nas respetivas escolas - , eu para o Exército, ele para a PSP - obrigou-nos a ter de correr mais qualquer coisa. Começou por aí, com umas corridas mais assíduas, primeiro para conseguirmos concorrer e entrar no curso e depois já lá dentro, o curso leva-nos a ter uma prática desportiva mais regular. Depois começamos com corridas de atletismo daquelas mais populares. Há 16 anos não existiam tantas como agora, havia uma ou duas corridas em Lisboa e começamos por aí. Isso coincidiu com o ‘boom’ da Vanessa Fernandes, que era a melhor atleta que tínhamos, nunca tivemos uma atleta assim e ela era mesmo impressionante, estava constantemente a vencer e foi aí que se começou a ouvir falar mais de triatlo, acho que nem sequer sabia o que era, ou pelo menos não ligava muito”, começa por explicar Márcio Neves, de 37 anos.
O objetivo de Márcio na sua primeira prova era apenas experimentar, mas rapidamente as coisas evoluíram e o irmão, Valdo, acabou por ser influenciado: “O Márcio começou mais ou menos em 2006 e eu comecei um ano mais tarde, em 2007”.
A prática do triatlo fortaleceu ainda mais o hábito que os dois já tinham de treinar juntos, mesmo quando o trabalho os deixava mais distantes geograficamente.
“Sempre treinamos juntos, mesmo ao fim de semana se tivéssemos separados os dois, ele na escola da PSP e eu na escola de sargentos, juntávamos-nos ao fim de semana e íamos sempre correr juntos. Depois por influência, por arrasto um ao outro, acabamos por fazer aquilo que um faz o outro também faz”, explica-nos Márcio.
Em profissões de grande responsabilidade e com um importante papel durante a crise de saúde pública que se vive à volta do mundo, Valdo, agente da PSP em Alverca do Ribatejo, explica-nos que nas últimas semanas em Estado de Emergência o medo de ser contaminado era o fator diferenciador, quando comparado com outros tempos mais ‘normais’.
“Os serviços continuam os mesmos, os mesmos horários, os mesmos dias, a única diferença é que nós temos de ter mais cuidado connosco e com o cidadão. Ou seja, a atenção é mais acrescida, derivado a termos o receio de sermos contaminados, mas nós como os profissionais de saúde temos de ter esses cuidados”, explicou.
Tiramos a pandemia do caminho e retomamos a conversa no triatlo, que obriga a uma gestão do tempo rigorosa. Começa logo no planeamento das provas para a época de forma a preparar a escala de trabalho, embora o facto das provas acontecerem normalmente ao fim de semana ajude.
“As provas são sempre ao fim de semana, tanto eu como ele também temos serviço ao fim de semana, mas dá para marcar as provas com antecedência. Temos um calendário previsto com antecedência, é uma questão de se houver alguma prova ao fim de semana e coincidir com o nosso serviço, temos de fazer uma troca. Mas à partida dá sempre para orientar. Como isto já se torna parte tão importante da nossa vida, até as férias são colocadas por causa das provas”, realçam.
A gestão do tempo acaba por afetar o tempo em família, família esta que os triatletas consideram ser basilar nas suas prestações. Márcio conta-nos que a sua esposa já sabia do seu ‘bichinho’ pelo desporto quando se conheceram.
“É preciso ter uma boa família, um bom ‘staff’ por trás a aguentar isto tudo. Começámos a namorar já eu tinha esta ‘pancada’ de atleta. Ela já me conhece, sabe que eu sempre quis isto e vou sempre continuar com este bicho. Há pessoas que não compreendem tanto mas no nosso caso, acompanham-nos para todo o lado”, explica-nos, antes de dar conta da forma que os irmãos têm compensar, dentro do possível, as famílias com aquilo que chamou de 'tri-turismo'.
“Quando vamos fazer provas longe não nos limitamos a ir fazer só a prova, vamos sempre um dia ou dois antes, levamos a família toda atrás e acabamos por fazer aquilo a que chamamos o ‘tri-turismo’, o triatlo turismo. Partilhamos também com a família e a nós ajuda-nos bastante, quer antes da competição, a compreensão que elas nos dão em casa, quer durante a corrida, que nestas bastante duras que nós fazemos, quando a cabeça está em baixo, passar num sitio em que eles estão e puxam por nós… a alma cresce logo outra vez”, realça.
Tudo é treino, até o percurso para o trabalho
Antes de falarmos dos treinos destes dois atletas convém perceber, afinal, quanto se corre, pedala e nada num triatlo. A resposta é… depende.
Isto porque existem várias vertentes dentro do triatlo. O triatlo sprint é o mais curto e, segundo nos explicaram os Das Neves, a mais comum em Portugal. Consiste em 750 metros de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida. Depois existe o triatlo olímpico, que, como o nome indica, é a variante que compete nos Jogos Olímpicos – são 1,5km de natação, mais 40 km de ciclismo mais 21 km de corrida.
Se estas distâncias para alguns já parecem tarefa hercúlea, tenha calma porque há mais. O meio-Ironman (half-ironman), consiste em 1,9 km a nadar, seguidos de 90 km a pedalar e 21 km a correr. Já o Ironman, a prova preferida de Márcio e Valdo, é o dobro estas distâncias – 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida. Para ter uma ideia, isto é o equivalente a fazer 76 piscinas olímpicas, de seguida ir pedalar a distância que separa Lisboa de Badajoz (em linha reta) e depois ainda ir correr uma maratona.
O que é certo é que estes dois ribatejanos fazem parecer esta prova, que só de pensar pode provocar calafrios a alguns, num passeio, mas não sem muita preparação e esforço físico, mental e familiar.
“O último ano, até julho do ano passado, foi um ano especificamente de preparação para fazer um ironman e o treino é diferente. A própria família tem de ser preparada logo de início porque ela sabe que vai ser um tempo difícil cá em casa, porque todo o tempo livre que tivemos vai ser para treinar. Eu aproveito logo para sair de casa e fazer o treino de bicicleta daqui para o trabalho [Márcio está destacado na Unidade de Apoio Geral de Material do Exército, em Alcochete] , se conseguir levantar-me ainda mais cedo e conseguir lá chegar antes da hora de trabalho ainda largo a bicicleta e faço logo um treino de corrida. Ainda dá para treinar à hora de almoço, dá para regressar de bicicleta ou então ir de carro para casa e depois fazer o treino de piscina… é muito mais treino, quando comparado com a preparação para uma prova mais curta”, explica-nos Márcio, pai de dois filhos.
Por outro lado, os turnos de trabalho de Valdo na PSP obrigam-no a outra gestão do tempo.
“Uma das coisas de que não me posso queixar na minha profissão é que como trabalho por turnos dá para encaixar melhor os treinos. Se trabalho durante a manhã, posso treinar à tarde; se trabalho à tarde, posso treinar durante a manhã; se faço noites, descanso um bocadinho e treino. (…) Com a minha profissão, quando chego a casa para treinar vou fazer bicicleta e corrida e isso dá-me uma boa adaptação na passagem da bicicleta para a corrida”, uma situação que segundo nos explicou Márcio, dá uma vantagem ao irmão nas transições.
“O meu irmão como trabalha por turnos é obrigado a treinar sempre tudo junto, ou de manhã ou de tarde e acaba por treinar uma coisa muito importante no triatlo que são as transições, ou seja, ele treina bicicleta e logo assim que chega a casa larga a bicicleta e vai logo treinar a corrida. Isso é praticamente aquilo que se faz em prova, por isso ele consegue ter uma grande adaptação, uma grande facilidade em correr depois da bicicleta”, afirmou.
Males que vêm por bem
14 anos de triatlo já deixam as suas marcas no corpo, contudo, Márcio e Valdo parecem conseguir levar a melhor sobre elas.
«O médico disse-me para esquecer o triatlo»
Em 2013, Márcio teve de ser operado a um joelho com os médicos a não darem boas perspetivas ao triatleta campeão do mundo do Ironman no ano anterior. Mas a verdade é que acabou por se traduzir numa melhoria da performance do militar do Exército no segmento do triatlo que mais dificuldades lhe causava: a natação.
“Tive uma coisa muito negativa por um lado e positiva por outro. Em 2013 fui operado ao joelho, o médico até me tinha dito para esquecer o triatlo e isso tudo. Nesse ano andei um ano a recuperar o joelho e foi um ano em que tive praticamente dedicado à natação, em que nadei bastante. E isso desenvolveu-me de tal maneira a natação que daí para a frente foi quando comecei a ter ainda melhores resultados”, porque como nos explica Márcio, “não se ganham provas logo na natação, mas podem perder-se”.
Já em 2018, no DATEV Challenge Roth - considerada uma das melhores provas do triatlo Ironman - , os irmãos Das Neves entraram para o ‘Hall of Fame’ do Ironman português, ao completaram a prova germânica com tempos inferiores a nove horas, sendo os dois melhores de entre os 70 atletas portugueses que marcaram presença. Um resultado que se provou especialmente importante para Valdo, que considera ter sido o seu melhor resultado, principalmente tendo em conta a lesão que sofreu meses antes da prova.
“O ano passado em Roth, vai ficar marcado para o resto da vida. Tivemos a prova em julho e em março tive uma grande queda na bicicleta e fraturei os dois cotovelos. Consegui recuperar e tirei um segundo lugar no meu ‘age-group’ [Escalão etário], não estava à espera… A prova foi decorrendo, eu fui sentindo-me bem e olhava para o relógio e via que estava tudo a resultar e saiu tudo na perfeição”, conta-nos.
Corpo vs Mente
Se horas e horas sozinhos com os nossos pensamentos podem ser complicadas, imagine oito ou nove horas sozinho, em sofrimento físico, em busca de um objetivo. Só o atleta e a estrada/água. A força psicológica é fulcral para uma prova que se quer o mais perfeita possível, mas até mentalmente o treino é importante.
“Inevitavelmente vai haver sofrimento. Normalmente é na corrida, porque a maratona por si só já é dura e a maratona do Ironman ainda mais dura é. Vai haver sempre uma altura em que as dores são absurdas, mas tu depois é que sabes o objetivo que tens. (…) Se durante a prova as coisas nos vão a correr bem isso ainda nos dá mais força psicológica”, conta-nos Márcio antes de dar conta de um ‘truque’ que usa para manter o foco e a confiança.
«Gosto sempre de pensar que se está a ser duro para mim, ainda está a ser pior para os outros»
“Eu por norma sou bastante rijo, bastante duro e gosto sempre de pensar que se está a ser duro para mim, ainda está a ser pior para os outros. (…) É uma questão de aguentar e fazer estes jogos psicológicos para nos ajudar”, realça.
Já Valdo diz-nos que mais que a prova, são os treinos que acabam por ser mais complicados.
“Eu acho que custa mais o treino que a prova em si. Porque nós temos de abdicar de muita coisa e tanto eu como o meu irmão queremos sempre mais. Para termos bons resultados temos que treinar forte e bem”, diz-nos Valdo.
Mas há uma coisa em que os dois concordam: o sofrimento, esse, está sempre presente.
Se ficar assim, fica bem
A 8 de março, 10 dias antes do início do Estado de Emergência devido à COVID-19, Márcio e Valdo rumaram ao sul do país para participar no II Triatlo de Portimão (distância olímpica), sem saberem ainda que seria a última prova que fariam durante algum tempo – a Federação Nacional de Triatlo suspendeu todas as provas no dia 12 de março.
A prova tinha uma particularidade para os dois triatletas do Peniche Amigos Clube, uma vez que pela primeira vez acontecia em simultâneo, o Campeonato Militar que atribuía o título de Campeão Nacional Militar de Triatlo, que servia ainda de prova de seleção para o Campeonato do Mundo de Triatlo das Forças Militares, prova que estava inicialmente marcada para junho em Espanha, mas que acabou adiada pelo Conselho Internacional do Desporto Militar devido à pandemia.
Márcio foi 24.º na classificação geral, mas sagrou-se campeão militar e foi o mais rápido do escalão 35-39, enquanto que Valdo, 36.º da geral, arrecadou a medalha de bronze militar, bem como a medalha de bronze no escalão 40-44.
Resultados que davam acesso ao Campeonato do Mundo, o objetivo da dupla para este ano, que agora teve de ficar em ‘banho-maria’.
“Este ano o nosso objetivo seria o campeonato do mundo de forças armadas e forças militarizadas que iria haver. Fizemos a prova de seleção, em Portimão, a última prova que fizemos e que houve antes da quarentena. Eu fui campeão nacional militar e o Valdo fez 3.º lugar, mas acabou por ser o 1.º dos veteranos, por isso estávamos automaticamente os dois selecionados, eu pelo Exército e o Valdo pela PSP. (…) Acabou por não haver a prova e neste momento estamos um pouco perdidos, para saber o que é que vai ser feito e o que é que não vai”, explica-nos Márcio, que critica ainda a falta de datas e decisões.
“A federação vai ter que decidir o que faz a esses títulos, se esquece, se não esquece. (…) Ainda ninguém sabe nada de como é que vai ser. E estamos num país em que ainda só se falou de futebol. De futebol toda a gente sabe que começa em maio, do resto já ninguém sabe”, desabafa.
Contudo, se a época terminasse aqui não era nada má, até porque os Neves já tinham duas medalhas de prata no bolso, à chegada ao Algarve.
“Para não irmos a ‘seco’ para essa prova, arranjamos maneira de no fim de semana anterior irmos a Santiago do Cacém fazer um triatlo curto para ganhar ritmo e fomos segundos nos nossos escalões. A únicas provas de triatlo que fizemos este ano fomos ao pódio, se acabar agora não é mau”, contam-nos animados.
Lá dentro, é cada um por si
Apesar de serem irmãos e melhores amigos, lá dentro nada disso importa. E Márcio explica-nos porquê.
“Raramente nos encontramos em prova. Eu, regra geral, costumo ser melhor que o meu irmão, e logo pela natação saio-lhe à frente. Costumamos fazer as provas mais ou menos separados, mas já tivemos provas em que andamos juntos, mas é cada um por si. Não há ali que puxar um pelo outro. (…) Não vale a pena estar-me a sentir mal e o ele passar por mim e querer puxar por mim porque só o estou a prejudicar a ele, que até se estava a sentir bem e está a travar para puxar por mim. Tal como não vale a pena eu ir à frente a atrasar o passo porque estou a prejudicar também a equipa”.
Ao fim de tanto suor, tanto treino e tanta luta, Márcio admite que lhe é complicado escolher um só título para destacar. Apesar de admitir que a prova de 2012, no Havai, onde se sagrou campeão do mundo, ter sido a que lhe deu mais visibilidade, há outra bem mais recente que foi “perfeita”.
“Sem dúvida que a que campeão do mundo foi aquela que me saltou o nome mais cá para fora, eu até costumo dizer que essa prova aconteceu seu eu estar à espera do resultado. Mas no ano passado, eu e o meu irmão fizemos o Ironman em Roth, em que tínhamos o objetivo específico de baixar das nove horas, porque existem muito poucos portugueses que o conseguiram. A prova foi planeada com quase dois anos de antecedência, andámos a treinar durante um ano inteiro para essa competição e saiu tão perfeita e foi tão bem conseguida que eu acho que essa prova foi mais conseguida que a do campeonato do mundo”.
«Eu levo isto muito a peito porque treinamos juntos, o meu irmão é o meu melhor amigo»
Já Valdo destaca a prova realizada em Oeiras, em 2018, em que os dois se sagraram campeões nacionais dos respetivos escalões etários – Valdo no escalão 40-44 e Márcio no escalão 35-39.
“Essa soube bem porque eu subi ao primeiro lugar e ele também. Eu levo isto muito a peito porque treinamos juntos, o meu irmão é o meu melhor amigo e além de sermos irmãos e amigos em todos os treinos, tudo encaixa na perfeição”, explicou-nos.
Sobre o futuro, Valdo quer seguir a pisada de Márcio e conseguir ir ao Havai participar no campeonato do mundo: “Gostava de lá ir fazer quando fizesse os 50 anos… tenho 42. Quero preparar tudo com tempo, poupar algum dinheiro porque não quero ir sozinho, tenho esse sonho”.
Já Márcio, afirma que caso fosse obrigado a terminar a carreira ficaria feliz com tudo o que já alcançou e que “quer queiram quer não” a sua marca já ficou inscrita no Ironman.
“Andei estes anos todos a sonhar com a modalidade e a ter outros atletas como exemplo. A olhar para aqueles nomes e a pensar ‘se ele conseguiu, eu também gostava de conseguir’, neste momento já consigo passar esses atletas todos, aqueles que eu gostava de ser como eles. Já consegui deixar a minha marca, já me sinto realizado dentro do triatlo”, conta-nos Márcio.
Mas…. “o que é hoje não é amanhã, já arranjamos outro objetivo, outra prova”, diz, sorridente.
De encontro a esta frase de Márcio, vai o conselho de Valdo para aqueles que querem experimentar a modalidade.
“Nós costumamos dizer que quem faz a primeira prova nunca mais vai largar. Temos o exemplo de um miúdo do nosso clube que experimentou e agora pelos vistos não quer outra coisa. É diferente, só uma modalidade é aborrecido. Quem experimentar, depois futuramente, passado duas semanas, um mês, um ano, vai experimentar novamente”.
E no caso destes dois irmãos, já lá vão 14 anos.
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