O canoísta português João Ribeiro espera "o melhor" nos Mundiais da República Checa, considerando que os K2 e K4 que integra têm condições para "andar nos lugares da frente".

"Pode-se esperar o melhor. Trabalhámos bastante para estar aqui. Temos boas sensações. O barco está a andar bem. Podem esperar ver-nos lutar pela final, pois é assim que podemos estar onde queremos. Esse é o primeiro objetivo", disse João Ribeiro, na véspera do início da participação lusa nos Campeonatos do Mundo, que decorrem até domingo em Racice.

Em declarações à Lusa, o canoísta que já por três vezes subiu ao pódio em Mundiais - num total de seis medalhas lusas - acredita que o K2 1.000 com Emanuel Silva pode surpreender, apesar de o mais bem-sucedido barco português no Rio2016 (quarto lugar) não ter competido nos Europeus de julho e não ter assim uma referência.

"É complicado porque não temos a comparação (para os rivais), é normal. Mas trabalhámos, conhecemos bem os nossos adversários e quem está a ser mais rápido. É tentar entrar no grupo e estar no lote de finalistas", vincou.

No K4, ao qual se juntam David Fernandes e David Varela, a ambição é a mesma: "Queremos estar sempre na regata das grandes decisões. Fomos sextos nos Europeus. Em Racice, há mais alguns barcos fora da Europa que também são bons. Estamos no lote de favoritos e queremos melhorar o sexto".

David Varela, que no K4 teve a responsabilidade de substituir Fernando Pimenta, agora dedicado apenas ao K1, alinha no discurso, revelando a importância de entrar nas finais, objetivo que, lembra, ninguém pode assumir como adquirido.

"No Europeu sabíamos que as principais embarcações são do Continente. O sexto lugar foi um bom inicio. Neste mundial vamos tentar fazer igual ou melhor", prometeu.

A C2 vai ter um longo caminho pela frente até se ajustar dos 200 para os 1.000 metros, mas Nuno Silva fala em "persistência e a noção de que nas distâncias maiores os resultados demoram mais a aparecer".

"Queremos superar-nos. Entrar numa boa semifinal e pista para lugar pelo acesso à final. Se conseguirmos, era um grande objetivo", assume.

Hélder Silva lembrou que apenas um segundo separou a dupla da regata das medalhas nos Europeus e, numa hipotética final B mundial, espera "estar entre os primeiros", revelando que tem sido um "grande desafio" passar dos 200 metros para os 1.000.

"Estava habituado a 30 segundos de ritmo muito alto e agora são mais de 3.30. Tinha uma pagaiada muito dura na água, com bastante força. Tive de reduzir isso e às vezes não é nada fácil. Andamos com velocidade e tecnicamente somos bons. Falta, mais a mim, aguentar o tempo todo a esse nível", concluiu.