Os canoístas Teresa Portela e Hélder Silva consideraram hoje o quinto lugar em K1 200 e o sétimo em C1 200 nos Europeus de Munique ajustados ao seu atual valor, revelando que em circunstâncias diferentes poderiam sonhar mais alto.

“Este ano preparei-me mais para os 500 metros [prova olímpica] e perdi muita velocidade em relação à temporada passada. Os 200 são uma prova mais aberta, mas não estava preparada. Poderia ter lutado pelos primeiros lugares”, admitiu Teresa Portela.

A atleta olímpica nas duas distâncias recorda que agora os 500 metros são “mais importantes”, por serem a distância a ter em conta para os Jogos Paris2024, pelo que na final de domingo no K1 500 espera uma regata “ainda mais competitiva”.

O GNR Hélder Silva disse que nos 200 metros “qualquer erro pode ditar a prova”, pelo que lamenta o facto de, após um “arranque excelente”, ter deixado fugir um pouco a canoa.

“Acontece. Temos de treinar para melhorar nas próximas provas. Agora é trabalhar mais e quem sabe para o ano tirar uma medalha nos Jogos Europeus [Cracóvia2023]”, completou.

Depois da sétima posição nos Mundiais, o K4 500 metros foi apenas nono na final, ainda assim, “cumprindo o objetivo” de assegurar a presença nos Jogos Europeus.

“Objetivo cumprido, mas pessoalmente não saio obviamente satisfeito com o resultado. Acabou a época para nós. Agora é tirar férias, limpar a cabeça e preparar o próximo ano, de apuramento para os Jogos Olímpicos. Há que estar na máxima força”, destacou David Varela.

Emanuel Silva realçou a sua vasta experiência na modalidade, na qual pensa diariamente em “medalhas”, pelo que acredita que no próximo ano o K4 500 vai reverter este nono lugar e “garantir” a desejava vaga em Paris2024.

A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.

Portugal soma já seis medalhas, designadamente duas de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, e de Iúri Leitão, no scratch do ciclismo de pista, uma de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e uma de prata (K1 1000) e uma de bronze (K1 500) do canoísta Fernando Pimenta.

Na paracanoagem, Norberto Mourão garantiu o bronze na classe VL2.